MPF questiona farmácias: uso do CPF pode virar dor de cabeça para clientes?
MPF discute uso obrigatório de CPF em farmácias

Parece inofensivo, né? Você chega na farmácia, pega aquele remédio pra dor de cabeça e... "Pode passar o CPF?". Só que essa prática rotineira está no centro de uma polêmica que pode mudar tudo.

O Ministério Público Federal (MPF) resolveu botar o dedo na ferida e vai promover uma audiência pública pra discutir esse assunto que, convenhamos, muita gente nem imaginava que poderia ser problema. A coisa tá marcada pra 20 de junho - e promete esquentar os ânimos.

O que tá pegando?

Desde que a lei 13.754/2018 entrou em vigor, as farmácias passaram a exigir CPF na venda de medicamentos controlados. Até aí, tudo bem. O problema é que muitas redes estendem essa exigência pra qualquer compra - até pra um simples pacote de bala de goma.

"Mas qual o problema?" você deve tá se perguntando. Bom, segundo especialistas em proteção de dados, isso pode ser um prato cheio pra:

  • Vazamento de informações sensíveis
  • Criação de perfis de consumo indevidos
  • Uso comercial dos seus dados sem consentimento

Não é à toa que o MPF tá com a pulga atrás da orelha. Afinal, desde 2020 temos a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que coloca freios nesse tipo de prática.

E agora, José?

A audiência pública vai reunir representantes de farmácias, órgãos de defesa do consumidor e especialistas em privacidade. O objetivo? Definir até onde vai o direito das empresas e onde começa a proteção do cidadão.

Enquanto isso, fica a dica: você não é obrigado a fornecer CPF em compras de medicamentos não controlados. Se insistirem, mostre os dentes - digo, a lei.

E aí, o que você acha? Proteção necessária ou burocracia exagerada? Uma coisa é certa: depois dessa audiência, a relação entre farmácias e clientes pode nunca mais ser a mesma.