
Parece que o caixa do governo respirou aliviado nesta semana. Depois de meses de aperto, a arrecadação federal deu uma guinada surpreendente — e o resultado? Uma enxurrada de R$ 20 bilhões sendo liberados para tapar buracos e alavancar projetos estratégicos.
Não foi milagre, mas quase. Enquanto o país ainda debate os efeitos da pandemia, o Ministério da Economia anunciou que as contas públicas apresentaram um desempenho melhor que o esperado no primeiro semestre. E olha que ninguém estava contando com isso, viu?
Onde o dinheiro vai parar?
Eis a pergunta que todo mundo faz. Dessa montanha de recursos:
- R$ 8,5 bi vão direto para educação — incluindo a merenda escolar que tava no osso
- R$ 6,2 bi são para a saúde, com foco em UPAs e medicamentos de alto custo
- O restante se divide entre infraestrutura (aquela ponte que caiu no Norte?) e programas sociais
"É como encontrar dinheiro no bolso do casaco fora de época", brincou um técnico do Tesouro, sob condição de anonimato. Mas a festa tem limite: parte dos recursos será usada para reduzir a dívida pública — aquela conta que nunca para de crescer.
O outro lado da moeda
Especialistas ouvidos pela reportagem fazem ressalvas. "Celebrar antes da hora é risco", alerta a economista Carla Mendonça. Ela lembra que o aumento veio principalmente de tributos sobre combustíveis — justo quando os preços na bomba disparam.
E tem mais: o calendário eleitoral espreita. Será coincidência essa liberação em ano de campanha? Alguns deputados já falam em "presente de grego", enquanto o Planalto garante que tudo está dentro da normalidade orçamentária.
Uma coisa é certa: depois de tanto tempo na corda bamba, qualquer respiro financeiro é bem-vindo. Resta saber se o alívio será passageiro ou se conseguiremos transformar esse fôlego em políticas duradouras. O tempo — e as urnas — dirão.