Brinquedos quebrados em praças de Araçatuba viram dor de cabeça para pais nas férias
Brinquedos quebrados preocupam pais em Araçatuba

Imagine a cena: crianças ansiosas correndo para o balanço favorito, só para encontrar correntes enferrujadas e assentos rachados. Em Araçatuba, essa frustração virou rotina. Durante as férias, quando os pequenos mais querem brincar, os pais se veem diante de um dilema - arriscar ou proibir?

"É de cortar o coração", desabafa Maria Santos, mãe de gêmeos de 5 anos, enquanto aponta para um escorregador com parafusos soltos. "Pago meus impostos direitinho, mas parece que ninguém lembra que criança também é cidadã."

O que está quebrado (e por quê?)

A lista é longa:

  • Gangorras com eixos desgastados que rangem como porta de filme de terror
  • Balanços que mais parecem "simuladores de terremoto"
  • Escorregadores que transformam descidas em verdadeiras provas de coragem

O problema? Segundo fontes da prefeitura, a manutenção preventiva acaba engolida por outras prioridades. "É aquela velha história", comenta um funcionário que pediu anonimato. "Quando quebra, vira emergência. Antes disso... bem, você vê como está."

Risco calculado ou negligência?

Enquanto isso, nos grupos de WhatsApp de mães, o debate esquenta. Algumas defendem que "no meu tempo não tinha essa frescura". Outras rebatem: "No seu tempo não tinha concreto debaixo dos brinquedos também".

O ortopedista Dr. Carlos Mendes alerta: "Só em julho, atendemos 3 fraturas em parquinhos. E olha que estamos no inverno, quando menos crianças brincam".

Pra piorar, com as férias escolares, o uso intensivo acelera o desgaste. "É como se todo mundo descobrisse os problemas ao mesmo tempo", observa a dona de casa Roberta Almeida, enquanto segura a filha que quase caiu de um gira-gira desnivelado.

E agora?

A prefeitura prometeu vistoria em 15 dias - tempo suficiente para as férias acabarem. Enquanto isso, os pais improvisam:

  1. Levam colchonetes velhos para amortecer quedas
  2. Fazem "testes de qualidade" nos brinquedos antes das crianças
  3. Organizam mutirões de limpeza (que não resolvem os problemas estruturais)

"Não deveria ser assim", suspira o aposentado João Batista, observando os netos brincando com cautela. "Praça decente é direito, não favor." E você, o que acha? Deveríamos exigir mais ou aprender a conviver com a situação?