
Não foi um dia qualquer na movimentada Copacabana. Por volta das 10h desta sexta-feira (18), o que deveria ser uma manhã rotineira virou caos no número 123 da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Um estrondo ensurdecedor — daqueles que faz a vizinhança toda correr para a rua — anunciou o pior: parte do teto de um apartamento no 5° andar simplesmente veio abaixo.
"Parecia um filme de terror", contou Dona Marta, vizinha do prédio há 20 anos, ainda tremendo. "A poeira tomou conta do hall de entrada, e aquele barulho... meu Deus!".
Vítima teve sorte
Carlos, 54 anos, funcionário do condomínio há uma década, estava no lugar errado na hora errada. Ele fazia a limpeza do térreo quando toneladas de entulho desceram como uma avalanche. "Se estivesse três passos mais à frente, não estaria contando essa história", disse um bombeiro que preferiu não se identificar.
O que salvou Carlos:
- Uma viga de sustentação que desviou a maior parte dos escombros
- O reflexo de se agachar instintivamente
- O socorro rápido dos moradores
Mesmo assim, não saiu ileso: fratura no braço direito, cortes profundos nas costas e um trauma craniano que deixou todos em alerta. Às 13h, ele seguia para cirurgia no Hospital Municipal Miguel Couto.
O prédio que ninguém via
Aqui entra a parte que deixa qualquer carioca com os cabelos em pé. O edifício Art Déco dos anos 1950 — desses que a gente passa todo dia e nem repara — estava com laudos técnicos em dia. Pelo menos no papel.
"É aquela velha história", suspira o síndico (que pediu para não ser nomeado). "Todo mundo paga o condomínio em dia, mas ninguém quer saber de reforma estrutural. Até que..." Bem, você sabe o final.
Engenheiros da Defesa Civil já estão no local avaliando:
- Possível infiltração crônica no teto
- Falta de manutenção nas vigas de concreto
- Riscos para os apartamentos vizinhos
Enquanto isso, os moradores do 5° andar foram removidos às pressas — alguns só com a roupa do corpo. A prefeitura prometeu abrigo emergencial, mas até o fechamento desta matéria, três famílias ainda aguardavam solução.
E você, já olhou para o teto da sua casa hoje?