
Era pra ser mais uma terça-feira comum no bairro, mas o barulho de sirenes cortou o ar como uma faca quente na manteiga. Na casa do rapper — aquela com o muro grafitado que todo mundo conhece —, a confusão tava armada. E no meio do rolo, um nome: Oruam.
O garoto, menor de idade (mas que já tinha uma ficha mais longa que fila de show grátis), virou o alvo principal da operação. Segundo fontes, a polícia chegou com tudo — e quando digo tudo, é tudo mesmo. Viaturas, caveirões, até aqueles drones que parecem vespas zumbindo no céu.
O que deu errado?
Planejada nos mínimos detalhes? Talvez no papel. Na prática, foi o caos. Vizinhos relatam gritos, correria, e pelo menos três disparos (que, graças a Deus, não acertaram ninguém). Oruam, que segundo os policiais "sabia muito bem por que tavam ali", acabou algemado no meio da sala — justo em cima daquela capa de CD rara do Racionais.
- Motivo da operação: Investigação de tráfico e associação com facção
- Armas apreendidas: Dois revólveres e uma granada (sim, uma granada!)
- Pior parte: A mãe do garoto, desesperada, filmou tudo com o celular tremendo nas mãos
E aqui vem o pulo do gato: será que a abordagem foi proporcional? Um delegado que pediu pra não ser identificado soltou a pérola: "Quando o menor age como adulto, a gente trata como adulto". Já os defensores públicos tão falando em excesso — e ameaçando processar.
E o rapper?
O dono da casa, famoso por letras que criticam justamente esse tipo de operação, sumiu do mapa. Nas redes sociais, os fãs tão divididos: metade xingando a polícia, metade xingando o Oruam. Enquanto isso, no grupo do WhatsApp da comunidade, o áudio mais ouvido é de uma tia dizendo: "Eu avisei que esse menino ia se queimar".
No fim das contas, três coisas são certas:
- A cena foi feia — e vai render processos
- O debate sobre menores infratores tá longe de acabar
- Alguém vai fazer um funk sobre isso antes do Carnaval
E aí, o que você acha? Abordagem necessária ou mais um caso de polícia chegando "com sede ao pote"? Comenta aí embaixo — mas sem xingar, que a gente não tá no Twitter.