Jaboatão em alerta: 25% da população vive em áreas de risco — entenda os perigos
25% de Jaboatão vive em áreas de risco

Imagine acordar todos os dias com o barulho da chuva e aquele frio na barriga — será que hoje a encosta vai ceder? Pois é, essa é a realidade de 25% dos moradores de Jaboatão dos Guararapes, segundo dados que beiram o absurdo. A cidade, que já enfrentou tragédias antes, parece não aprender com o passado.

Números que assustam

Dá pra acreditar? Um em cada quatro jaboatanenses — isso mesmo, 25% da população — vive em locais onde o chão pode simplesmente desaparecer num piscar de olhos. E não é exagero: só na região metropolitana do Recife, são mais de 300 mil pessoas em situação vulnerável.

— O pior é que muitos nem sabem o risco que correm — comenta um agente civil de defesa, enquanto mostra um mapa manchado de áreas vermelhas.

O que está sendo feito?

  • Monitoramento 24h nas encostas mais críticas (quando os equipamentos não quebram)
  • Plano de remoção emergencial que anda a passos de tartaruga
  • Campanhas de conscientização que poucos veem

Enquanto isso, nas comunidades, o jeito é improvisar: sacos de areia viram muralhas, canos furados viram alarmes caseiros. "É torcer pra São Pedro ajudar", diz Dona Maria, de 62 anos, enquanto arruma os móveis em palafitas.

Chuva + descaso = tragédia anunciada?

Os especialistas — aqueles que ainda não desistiram de dar entrevistas — são claros: o problema não é a água, mas a falta de ação. Com o inverno batendo na porta, o cenário lembra um filme de suspense onde todos sabem o final, mas ninguém muda o roteiro.

— Já perdemos vidas demais para repetir os mesmos erros — alerta um geólogo, enquanto aponta para rachaduras que crescem mais rápido que a burocracia.