Eis que o caso do general Braga Neto ganha mais um capítulo — e dessa vez com um recurso que promete esquentar os corredores do Supremo Tribunal Federal. Os advogados do militar, sem perder tempo, entraram com um novo pedido de liberdade, contestando ponto por ponto a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Não é de hoje que esse processo vira e mexe aparece nos noticiários. Dessa vez, a defesa garante que há "erros graves" na análise do caso. "É como se estivessem lendo um livro pelo título", disparou um dos advogados, que prefere não se identificar.
O que diz o recurso?
O documento — com mais de 50 páginas — argumenta que:
- Não há provas concretas que justifiquem a manutenção da prisão
- O militar sempre colaborou com as investigações
- A decisão teria "viés político" em ano eleitoral
Curiosamente, o texto cita até um parecer técnico do Exército que, segundo a defesa, foi ignorado. "Quando o trem da justiça descarrilha, quem paga o pato é o passageiro", filosofou um dos consultores jurídicos.
E agora?
O STF tem até 60 dias para responder — mas nesse ritmo, tudo indica que a coisa vai ficar quente bem antes. Enquanto isso, os familiares do general mantêm a esperança. "É difícil explicar para as crianças por que o pai não volta para casa", confessou a esposa em um raro desabafo.
Já nos bastidores, o clima é de tensão. Alguns ministros teriam recebido o recurso "com sobrancelhas arqueadas", segundo fontes próximas ao plenário. Resta saber se a nova argumentação vai convencer — ou se vai virar pó nos arquivos do tribunal.
