
Eis que o Congresso resolve dar um passo à frente num daqueles temas espinhosos que dividem opiniões — e o timing, convenhamos, não poderia ser mais sugestivo. Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal analisam processos envolvendo acusados de participar de atos golpistas, deputados e senadores começam a mover peças no tabuleiro da anistia política.
Não é de hoje que o assunto ronda os corredores do poder, mas agora ganhou um fôlego… peculiar. A proposta, que tramita em caráter urgente, busca anistiar pessoas processadas ou condenadas por certos crimes políticos — o que, naturalmente, inclui parte dos envolvidos nos eventos antidemocráticos que abalaram o país.
O que está em jogo no STF?
Enquanto isso, no Plenário do Supremo, o clima é de tensão concentrada. Várias ações penais correm soltas, todas ligadas a acusações de tentativa de golpe de Estado. E olha, não são poucos os nomes reverberando por ali — alguns bastante conhecidos do grande público.
Os ministros têm analisado provas, depoimentos e documentos com uma minúcia que beira o obsessivo. E a pergunta que não quer calar: como fica a discussão sobre anistia se parte desses processos ainda nem terminou?
O Congresso e a pressa repentina
Por outro lado, na Câmara e no Senado, a movimentação é visível. Líderes partidários articulam, negociam e — por que não? — tentam costurar acordos que viabilizem a votação. Há quem defenda a medida como um gesto de pacificação. Outros veem apenas manobra para proteger aliados.
Numa dessas reuniões de liderança, um parlamentar veterano resmungou: “Isso ou é coragem ou é pura precipitação”. E talvez ele não esteja totalmente errado.
Afinal, aprovar uma lei de anistia em meio ao julgamento dos investigados soa, no mínimo,… curioso. Será estratégia, será ingenuidade, ou apenas o jogo político seguindo seu curso natural?
E a opinião pública?
Bom, nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp, a divisão é evidente. De um lado, os que apoiam a reconciliação nacional. De outro, os que gritam por justiça e responsabilização. E no meio disso tudo, o cidadão comum, tentando entender no que vai dar essa novela.
Uma coisa é certa: o tema não é simples, e seu desfecho pode definir rumos — não só jurídicos, mas sobretudo políticos.
O que você acha? Anistia é caminho para apaziguar ânimos ou um risco à impunidade? O debate está só começando.