Quem passou pelo aeroporto de Barretos nas últimas semanas deve ter notado a agitação incomum. E não era pra menos — o céu da cidade ficou praticamente riscado de tantas aeronaves chegando e partindo. Durante os dez dias da 70ª Festa do Peão de Boiadeiro, a infraestrutura aeroportuária simplesmente decolou.
Dados oficiais mostram números que impressionam até os mais céticos: foram nada menos que 579 operações registradas. Sim, você leu certo. Quase 580 pousos e decolagens em menos de duas semanas — um crescimento absurdo de 75% se comparado ao movimento normal.
Os Números que Impressionam
Parece exagero, mas não é. O movimento foi tão intenso que chegou a superar até mesmo o registrado durante a pandemia, quando o transporte aéreo viveu momentos complicados. E olha que naquela época já se via bastante movimento.
O que explica essa verdadeira invasão de asas sobre Barretos? Bom, a Festa do Peão virou não apenas um evento cultural, mas um ímã para turistas de todo o Brasil — e até do exterior. Gente que não quer enfrentar estradas poeirentas ou horas no carro preferiu investir no conforto (e na rapidez) dos voos regionais.
Estrutura que Surpreende
E não pense que foi só quantidade. A diversidade de aeronaves também chamou a atenção. De jatinhos executivos luxuosos a aviões de médio porte, o aeroporto recebeu de tudo um pouco. A infraestrutura, que muitos talvez imaginassem precária, aguentou o tranco com impressionante eficiência.
Os serviços de apoio — como combustível, manutenção e operação de solo — trabalharam praticamente sem parar. Um verdadeiro ballet aéreo que exigiu coordenação impecável.
Ah, e tem mais: o movimento não se limitou aos horários comerciais. Voos noturnos, madrugadas adentro, mostraram que quando a festa é boa, ninguém quer perder tempo.
Impacto Além do Aeroporto
Obviamente, esse fluxo todo não ficou restrito às pistas. Hotéis lotados, restaurantes com filas e comércio aquecido foram apenas alguns dos efeitos colaterais positivos. A economia local deve ter sentido o baque — no bom sentido, claro.
Moradores antigos da cidade comentam entre surpresos e orgulhosos: "Nunca vi tanta gente chegando de avião por aqui". E não é pra menos — Barretos se consolidou não apenas como capital do rodeio, mas como destino aéreo relevante no interior paulista.
Resta saber se a infraestrutura vai continuar evoluindo para acompanhar essa demanda crescente. Uma coisa é certa: a aviação regional encontrou em Barretos um polo que veio para ficar.
