
Parece que finalmente acordaram para o óbvio ululante: a Amazônia não é problema, é solução. E das grandes. A ABAV Nacional, aquela associação que entende de viagem como ninguém, soltou um estudo de cortar o fôlego durante o Prisma Luiz Fara Monteiro, em Manaus.
Os números? Bem, são daqueles que a gente precisa ler duas vezes para acreditar. Estamos falando de um potencial bilionário literalmente esperando para ser desembrulhado. Mas não é aquela velha história de explorar madeira ou minério, não. A riqueza tá em mostrar a floresta de pé – e de preferência, lucrando com isso.
O Que Dizem os Números?
O relatório é claro como água de igarapé: o turismo sustentável pode ser a chave mestra para desenvolver a região sem precisar apelar para o desmatamento. Imagina só: em vez de derrubar árvores, derrubar a pobreza e a desigualdade através de hotéis de selva, observação de fauna, experiências com comunidades ribeirinhas e um monte de outras ideias que, francamente, já deviam estar rolando há décadas.
E olha, não é papo furado de ecologista. É business. Um business redondo, que gera emprego, movimenta a economia local e ainda por cima coloca o Brasil no mapa como líder em algo positivo. Que conceito, hein?
Os Desafios (Que São Muitos)
Claro, não vai ser um passeio no Parque do Ibirapuera. A infraestrutura na região é, para ser gentil, precária. Sair de Manaus para um lodge no meio do Amazonas ainda parece uma expedição às vezes. Falta estrada decente, falta sinal de internet, falta segurança, falta uma porção de coisas.
Mas aí é que tá. A ABAV não tá só apontando o problema, eles estão chamando todo mundo para a mesa: governo federal, estadual, prefeituras, iniciativa privada, terceiro setor. É um daqueles momentos raros em que todo mundo precisa falar a mesma língua.
E a janela de oportunidade? Está aberta. O mundo inteiro está caçando destinos autênticos, experiências transformadoras e, principalmente, lugares que não tenham contribuído para a crise climática. A Amazônia, com sua biodiversidade absurdamente única, se encaixa perfeitamente nesse perfil.
Será que finalmente vamos acertar o passo? A promessa é de que esse não seja apenas mais um relatório engavetado. A associação já sinalizou que vai pressionar por políticas públicas e parcerias concretas. O tempo, como sempre, dirá.