
O clima político esquenta, e não é só por causa do inverno. A Advocacia-Geral da União (AGU) resolveu dar um passo à frente e pediu formalmente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investigue uma série de investimentos feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — aqueles que, pasmem, aconteceram pouco antes da famosa (e polêmica) imposição de tarifas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Não é de hoje que essas movimentações financeiras chamam atenção. O que a AGU quer agora é que elas sejam incluídas no inquérito que já corre contra o parlamentar — sabe aquele que envolve suspeitas de irregularidades? Pois é, o pacote pode ficar ainda mais pesado.
O timing que não passa despercebido
Detalhe curioso: os tais investimentos foram realizados num período bem específico, meses antes da medida protecionista de Trump. Coincidência? A AGU parece achar que não. No pedido enviado ao STF, a entidade destaca que há indícios de que as operações podem estar ligadas a informações privilegiadas — aquelas que, convenhamos, não caem do céu.
"Há elementos concretos que demandam apuração", diz um trecho do documento. E olha que o STF já tem nas mãos um belo quebra-cabeça para montar. O inquérito original, que investiga Eduardo Bolsonaro por suposto uso de estrutura pública para fins eleitorais, agora pode ganhar um capítulo extra — e dos bons.
O que diz a defesa?
Procurados, os advogados do deputado foram rápidos na resposta: "Todas as operações foram lícitas e declaradas aos órgãos competentes". E ainda soltaram uma pérola: "Isso é perseguição política disfarçada de investigação". Bem, não é a primeira vez que ouvimos esse argumento, não é mesmo?
Enquanto isso, nos corredores do poder, o burburinho é grande. Alguns aliados do governo cochicham sobre "tempestade em copo d'água", enquanto a oposição já fala em "fio desencapado". E você, o que acha? Vai dar em pizza ou o caso tem pernas para andar?
Uma coisa é certa: com o STF envolvido, o assunto não vai esfriar tão cedo. E Moraes, conhecido por seu pulso firme, terá a palavra final nessa novela que mistura política, economia e um certo aroma de Wall Street.