
O que era um sussurro nos corredores do Planalto virou um grito de guerra: o tal do "tarifaço" está deixando todo mundo de cabelo em pé. E não é pra menos — quem aguenta mais um aperto no orçamento?
Nessa quarta (14), o governo federal finalmente botou a boca no trombone e anunciou um pacote de medidas pra tentar segurar esse rojão. Mas será que vai pegar? Vamos desenrolar essa meada.
O caldo entornou
Nos últimos meses, os reajustes em serviços essenciais — energia, gás, combustíveis — começaram a fazer o brasileiro médio suar frio. Alguns aumentos passaram dos 20%, um verdadeiro tiro no pé da economia doméstica.
"É como se o povo estivesse carregando nas costas um piano de cauda", comentou um economista que prefere não se identificar. A metáfora pode parecer exagerada, mas quem já viu a conta de luz desse mês sabe que não.
O que o governo está propondo
- Criação de um fundo emergencial para subsidiar parte dos custos
- Revisão das fórmulas de reajuste — que parecem ter virado uma piada sem graça
- Linhas de crédito especial para pequenas empresas, que estão sangrando com os aumentos
- Um "tira-teima" nas concessionárias, pra ver se não tem abuso no meio
Não é exagero dizer que o pacote chegou com o atraso de um ônibus em dia de chuva. Mas pelo menos apareceu, né?
E agora, José?
Os especialistas estão divididos. Enquanto uns acham que as medidas são um band-aid num ferimento à la Frankenstein, outros enxergam ali um primeiro passo — ainda que cambaleante.
"O diabo mora nos detalhes", alerta a economista Maria Fernanda, referindo-se à implementação. "Sem um plano consistente, é como enxugar gelo."
Já o cidadão comum, aquele que paga as contas no sufoco, parece estar entre o ceticismo e a esperança. "Melhor que nada", resmunga o pedreiro João Silva, enquanto olha a conta de gás com cara de paisagem.
Uma coisa é certa: o assunto vai esquentar os debates políticos nas próximas semanas. E seu bolso, infelizmente, já está sentindo o calor.