
O que era pra ser mais um dia normal nas estradas de Minas Gerais se transformou num daqueles pesadelos que a gente nunca espera viver. Na tarde de terça-feira (19), por volta das 16h, a BR-265 foi palco de uma cena de partir o coração. Dois carros, um Honda City e um Fiat Mobi, se chocaram de frente num trecho que ficou marcado pela tragédia.
E no volante do Honda City estava José Carlos da Silva, 62 anos. Um nome conhecido, um empresário que construiu uma vida com as próprias mãos. A notícia correu rápido pela cidade de Passos, deixando um rastro de incredulidade. Como assim? O José? Aquele sempre tão cuidadoso?
Os bombeiros chegaram rápido, mas às vezes rápido não é o suficiente. O serviço de resgate fez o que pôde, mas o impacto foi simplesmente brutal. Uma fatalidade daquelas que a gente lê nos jornais e torce para nunca estar perto. Ele ainda foi levado para o Hospital Regional do Câncer, mas… bem, não resistiu aos ferimentos. Foi declarado morto ali mesmo.
O Outro Lado da Moeda
E no outro carro, a história foi diferente – e ainda bem. O motorista do Fiat Mobi, um homem de 27 anos, e uma passageira de 25 saíram com vida. Machucados, assustados, mas vivos. Foram levados para a Santa Casa de Misericórdia de Passos. Até onde se sabe, passam bem. Um alívio mínimo no meio de tanta tristeza.
A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) assumiu o caso. Eles estão lá, tentando juntar os pedaços – literalmente – do que aconteceu. Porque no fim das contas, o que causa uma coisa dessas? Falta de atenção? Excesso de confiança? Má sorte? Ainda é cedo para dizer, mas a investigação vai apurar cada detalhe.
A Despedida
Na quarta-feira (20), a cidade parou um pouco. Familiares, amigos, colegas de trabalho… todo mundo se reuniu no Espaço Memorial Chapelu para a última despedida. O velório começou cedinho, às 8h, e o sepultamento foi marcado para as 11h no Cemitério Parque Jardim das Flores.
Dá pra sentir o vazio que uma pessoa como o José Carlos deixa. Não era só um empresário; era um pai, um marido, um amigo. Alguém que movimentava a economia local, que gerava emprego. Aquele tipo de figura que faz falta de verdade.
E agora? Agora resta a saudade, a investigação da polícia e a lição – sempre dura, sempre repetida – de que no trânsito, a gente nunca pode baixar a guarda. Nem por um segundo.