
Era mais um dia comum em Lages, até que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) resolveu virar o jogo. A cidade, conhecida pelo frio cortante, agora enfrenta um calorzinho nada agradável: um esquema de corrupção que desviou R$ 80 milhões em contratos de asfalto.
O que o GAECO descobriu?
Parece roteiro de filme, mas é pura realidade. Investigadores apontam que um grupo — incluindo empresários e, pasmem, servidores públicos — teria criado um verdadeiro "caixa dois" nas licitações de pavimentação. Detalhe: algumas vias nem precisavam de reparos!
"É o clássico caso do asfalto que some antes mesmo de chegar ao chão", comenta um morador local, enquanto toma seu chimarrão.
Os números que doem
- Valor total dos contratos: R$ 80 milhões
- Período investigado: últimos 5 anos
- Número de suspeitos: ainda não divulgado (mas a lista parece crescer)
E o pior? Enquanto isso, ruas continuam esburacadas. "Pagamos impostos pra quê mesmo?", questiona uma dona de casa, mostrando uma cratera que mais parece um vulcãozinho de estimação em frente à sua casa.
Como funcionava o esquema?
Segundo fontes próximas à investigação, o modus operandi era simples — e escandalosamente criativo:
- Superfaturamento nos contratos
- Serviços executados pela metade (ou menos!)
- "Presentinhos" para acelerar processos
Numa dessas, um empresário teria comprado uma caminhonete de luxo com dinheiro que deveria ter virado asfalto. Ironia? A picape nem roda bem nas ruas esburacadas da cidade.
O GAECO já apreendeu documentos, celulares e até um caderninho de anotações que promete virar peça-chave. "Tá tudo anotado, nem parece que é crime", brinca um investigador, com aquele humor ácido típico de quem vê muita coisa.
E agora?
Enquanto os envolvidos começam a suar (e não é pelo frio de Lages), a população espera justiça — e asfalto de verdade. Afinal, como diz o ditado: "De boas intenções, o inferno está cheio. E de buracos, as ruas de Lages também."