
A coisa esquentou de vez para o empresário Hytalo Santos aqui na Paraíba. A Justiça, num passo duríssimo, acabou de determinar o congelamento de um patrimônio que beira os impressionantes R$ 20 milhões. O motivo? Suspeitas graves – e aparentemente muito bem fundamentadas – de que o cara tentou esconder para onde estava indo toda essa grana.
Não foi um tiro no escuro, longe disso. A decisão saiu da 3ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa, com o juiz André Isidro fechando o cerco. Tudo começou com uma investigação minuciosa da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que fuçou a fundo a vida financeira do empresário. E olha, o que acharam não foi pouco.
O Que a Investigação Encontrou?
A grande jogada, segundo os autos do processo, foi uma manobra clássica – mas que não passou batida. Hytalo teria transferido uma quantia colossal de dinheiro para a conta de um terceiro, alguém que não tinha nenhuma ligação comercial aparente com ele. Uma tentativa de, veja bem, lavar as mãos e fazer os bens sumirem do mapa fiscal. Só que o pulo do gato foi rastreável.
E não para por aí. O cerne dessa trama toda remete a um período sombrio que ninguém esquece: os anos da pandemia. A suspeita é de que esse dinheiro todo possa ter origem em desvios de verbas públicas, especificamente de contratos superfaturados fechados naquele período de crise. A operação que desencadeou tudo isso foi a "Resgate", deflagrada pela Polícia Civil ainda em maio, que já mirava justamente possíveis irregularidades em licitações.
O Valor do Bloqueio e os Bens Envolvidos
Os R$ 20 milhões não são um número chutado. Eles representam uma estimativa do montante que supostamente foi desviado – e que agora a Justiça quer impedir que se evapore de vez. A lista do que pode ser bloqueado é vasta: desde dinheiro em conta corrente e aplicações financeiras até bens móveis e imóveis que estejam em nome do empresário. Basicamente, um aperto generalizado para evitar que o patrimônio se dissipe antes de uma eventual condenação.
É aquela história: a lei permite esse tipo de medida cautelar justamente para garantir que, se no final das contas houver uma condenação, haja algo de concreto para penhorar. Uma forma de travar o jogo antes que seja tarde demais.
O caso segue em segredo de justiça, então muitos detalhes ainda estão sob sete chaves. Mas uma coisa é certa: o mensageiro chegou, e a conta, pelo menos por enquanto, ficou congelada. O que será que vem por aí?