Operação desbarata esquema milionário de corrupção entre empresários e auditores no Vale do Paraíba
Operação desbarata esquema de corrupção no litoral paulista

Era um esquema tão bem armado que parecia peça de teatro — só que, no palco da vida real, os atores encenavam crimes contra o dinheiro público. A Polícia Civil de São Paulo acabou com a farra nesta quarta-feira (14), desmontando uma rede de corrupção que misturava empresários espertalhões e auditores fiscais com a lábia afiada.

Não foi coisa pequena não. Segundo as investigações — que rolaram a sete chaves por meses —, o bando desviava recursos públicos em pelo menos três municípios do litoral norte. Imagina a cara de pau: enquanto a população se vira nos 30 pra pagar conta de luz, esses caras faziam a festa com o dinheiro que deveria ir pra saúde e educação.

Como funcionava o golpe

O modus operandi era quase um roteiro de filme policial, mas sem a parte heroica:

  • Empresários ofereciam "presentinhos" (leia-se: propinas) pra auditores fiscais
  • Em troca, os fiscais faziam vista grossa pra irregularidades nas empresas
  • Alguns até ajudavam a maquiar documentos — profissionalismo duvidoso, né?

Detalhe que não tem graça: segundo o delegado responsável, alguns desses servidores públicos estavam nessa maracutaia há anos. "Era quase uma tradição de família", ironizou um dos investigadores, com aquele humor ácido que só quem trabalha com crime tem.

As consequências

Pra você ter ideia do estrago, uma das empresas envolvidas — aquela que todo mundo conhece na região — teria lesado os cofres públicos em mais de R$ 2 milhões só nos últimos dois anos. Dinheiro que, convenhamos, faria falta em qualquer prefeitura.

E olha que a operação ainda tá no começo. Os policiais apreenderam uma penca de documentos que prometem revelar muito mais podres. "Isso aqui é só a ponta do iceberg", avisou um dos delegados, enquanto conferia as caixas de provas.

No total, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em cidades como São Sebastião e Caraguatatuba. Nomes importantes da região estão na lista dos investigados — mas, como a Justiça não brinca em serviço, os detalhes ainda tão em segredo de Justiça.