
Numa discussão que mistura respeito institucional e segurança nacional, Arthur Lira — aquele mesmo que não costuma ficar quieto no cantinho — soltou o verbo sobre um tema espinhoso: como o Brasil trata seus ex-presidentes. E olha, não foi com meias palavras.
"É uma vergonha", disparou o presidente da Câmara, enquanto ajustava o microfone numa entrevista que deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. Segundo ele, países sérios não deixam seus ex-líderes à mingua, sem proteção adequada ou reconhecimento mínimo. Aqui? Bem... a gente sabe como é.
O que está em jogo
Lira trouxe à tona casos recentes — Dilma Rousseff andando de metrô no Rio, Michel Temer com escolta reduzida — como exemplos do que chamou de "desleixo histórico". Mas será que é só isso? Entre um cafezinho e outro, o deputado alagoano esmiuçou:
- Falta de critérios claros para segurança pós-mandato
- Ausência de um protocolo unificado entre os poderes
- Riscos concretos que ex-chefes de Estado enfrentam
Não é papo furado. Em 2021, o próprio Temer teve que ser retirado às pressas de casa após ameaças. Já pensou? O cara que assinou decretos importantes, tendo que sair pela porta dos fundos como bandido em filme policial.
E os números?
Segundo levantamentos não oficiais (porque oficiais mesmo, nem existem), o Brasil gasta até 70% menos com proteção a ex-presidentes que países similares. Enquanto isso, nossos ex-mandatários viram alvos móveis — alguns literalmente, como Lula circulando com seguranças particulares.
"Isso não é sobre partido A ou B", enfatizou Lira, esquentando o debate. "É sobre preservar a história viva da nossa democracia." Será que ele tem razão? Difícil discordar quando lembramos do atentado contra Bolsonaro em 2018.
O outro lado da moeda
Claro que tem quem ache exagero. "Pra que tanta mordomia?", torce o nariz o cidadão comum, pagando contas no fim do mês. Mas aí é que tá: não se trata de manter mordomias, e sim de equilibrar segurança e decoro.
Imagine só: um ex-presidente sem proteção adequada vira alvo fácil. E quando vira alvo, o estrago é de todos nós — na imagem do país, na estabilidade institucional, até no turismo. Não é brincadeira de criança.
No fim das contas, como bem lembrou Lira entre um argumento e outro, "respeitar os que estiveram no poder é respeitar a própria democracia". E você, o que acha? Dá pra continuar tratando nossos ex-líderes como figurantes descartáveis?