Defesa de Braga Netto Desmonta Acusações do MP e Chama Delação de Mauro Cid de "Pura Invenção"
Defesa de Braga Netto ataca MP e delação de Mauro Cid

O cenário jurídico brasileiro vive mais um capítulo de tensão e controvérsia. Desta vez, o alvo é o ex-ministro Walter Braga Netto, cuja defesa moveu um ataque frontal e contundente contra as acusações que pesam sobre ele. Os advogados não mediram palavras: classificaram as supostas provas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) como frágeis, inconsistentes e, pasmem, totalmente desprovidas de credibilidade.

E o alvo principal do contra-ataque? Nada mais, nada menos que a delação premiada do antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. A defesa foi taxativa ao se referir ao seu depoimento, usando termos como "mentiroso" e "invencionista". Segundo a estratégia jurídica, a narrativa construída por Cid não se sustenta sob um exame minimamente rigoroso – é cheia de furos, contradições e parece mais um conto de fadas jurídico do que um relato factual.

O Cerne da Controvérsia

O ponto que mais levantou a ira da defesa foi a forma como o MP tratou – ou melhor, não tratou – as supostas inconsistências na fala de Cid. Eles apontam, com certo tom de indignação, que o promotores simplesmente engoliram a história toda, sem fazer aquele questionamento básico que qualquer cidadão faria. Onde estão as provas materiais? O que corrobora essa versão?

Nada. Zero. Absolutamente nada de concreto – é o que alegam os advogados. Tudo se baseia na palavra de uma única pessoa, que, convenhamos, tem um interesse enorme em conseguir um acordo benéfico. É aquela velha história: quem conta um conto, aumenta um ponto. E no mundo judicial, ponto aumentado pode virar sentença.

Um Ataque à Estratégia do MP

A defesa não poupou críticas à atuação ministerial. Eles acusam o MP de ter construído um caso arenoso, fundamentado em areia movediça, sem se preocupar em buscar uma fundamentação robusta. É um processo, nas palavras deles, movido mais por narrativa do que por prova. Uma acusação grave, que joga uma sombra de dúvida sobre toda a estratégia de acusação.

O recado dado foi claro e sonoro: não se pode condenar ninguém, muito menos um ex-ministro, com base em um testemunho único, não corroborado e, para eles, evidentemente falho. É um precedente perigoso, que pode abrir portas para todo tipo de abuso.

O caso promete esquentar ainda mais os tribunais. Enquanto isso, a pergunta que fica no ar é: até onde vale uma delação sem provas? O desfecho desse embate pode definir rumos importantes para a Justiça brasileira.