
Numa jogada que já está dando o que falar nos círculos políticos brasilienses — e não só por lá —, Tarcísio de Freitas soltou a bomba: se chegar ao Planalto, seu primeiro ato na cadeira presidencial será conceder indulto a Jair Bolsonaro.
Nada de esperar, nada de analisar pautas econômicas ou projetos sociais. A prioridade zero, disparada, seria limpar a ficha do antecessor. A declaração, feita durante uma entrevista, ecoou como um trovão num dia já carregado de expectativas.
Mas o que significa, de fato, um indulto presidencial?
Bom, juridicamente falando, é um perdão concedido pelo chefe do Executivo — no caso, o presidente — que extingue a pena de alguém condenado criminalmente. Não anula a condenação, mas impede sua execução. Algo como um "livre-conduta" assinado pela autoridade máxima do país.
E Tarcísio não deixou margem para dúvidas. Afirmou, com todas as letras, que assim que tomar posse, caso vença as eleições, esse será o documento número um a carimbar seu nome. Algo inédito, polêmico, e com cheiro de revanche política.
Não é só sobre Bolsonaro — é sobre mensagem
Analistas que acompanham o cenário já veem a jogada como muito mais do que um gesto de lealdade. É um recado claro a aliados, opositores e, principalmente, ao sistema judiciário: o governo Tarcísio não vai ficar de braços cruzados em questões judiciais que envolvam seu grupo.
E as reações? Bem, já começaram. De um lado, apoiadores comemoram a possibilidade de uma "limpeza da honra" do ex-presidente. Do outro, juristas e adversários alertam para o perigo de usar o indulto como moeda de barganha política — o que, convenhamos, não é exatamente novidade na história do Brasil, mas ainda assim gera arrepios em muita gente.
Resta saber, claro, se a promessa se sustenta na prática. Um indulto presidencial precisa estar amparado na lei — não pode ser um salvo-conduto para qualquer coisa. Mas a mensagem, essa, já foi lançada. E como.
O Brasil, mais uma vez, se vê diante de um debate que mistura lawfare, poder e vingança. E Tarcísio, com uma só declaração, já redefine os eixos da campanha.