
Não é de hoje que o dinheiro público vira piada de mau gosto em Mato Grosso. Dessa vez, a Polícia Federal colocou a lupa em um esquema que, pasmem, superfaturava o aluguel de carros pra atender indígenas em Cuiabá. Sim, você leu certo: até isso virou negócio.
Segundo apurou a PF, os valores cobrados eram tão absurdos que daria pra comprar os veículos — e ainda sobraria troco. "É o cúmulo da criatividade na malandragem", comentou um delegado que pediu pra não ser identificado.
Como o esquema funcionava?
Basicamente, o modus operandi seguia este roteiro:
- Contratos eram firmados sem licitação (óbvio)
- Valores chegavam a ser 300% acima do mercado
- Veículos ficavam parados mais tempo que em concessionária
- Documentação "maquiada" justificava os gastos
Detalhe curioso: parte dos carros nem sequer chegava às aldeias. Ficavam rodando pela cidade como se fossem táxis executivos — só que bancados pelo seu imposto.
Quem tá por trás disso?
Ainda é cedo pra cravar nomes, mas a PF já identificou pelo menos três empresas de fachada que serviam de ponte pra desviar os recursos. O que todas têm em comum? Donos com ligações suspeitas com servidores públicos.
"É sempre a mesma velha história: o dinheiro que deveria melhorar a vida de quem mais precisa acaba no bolso de meia dúzia", disparou uma fonte próxima ao inquérito.
E os indígenas nisso tudo?
Aí é que tá o maior absurdo. Enquanto os carros de luxo rodavam pra inglês ver, muitas comunidades seguiam sem transporte decente pra chegar a postos de saúde ou órgãos públicos. "Quando precisamos, sempre dizem que não tem viatura disponível", relatou um líder guarani sob condição de anonimato.
Pra piorar, os poucos veículos que chegavam nas aldeias eram modelos velhos — aqueles que já deveriam ter virado sucata faz tempo. Ironia ou cinismo? Você decide.
Agora a PF corre contra o relógio pra desmontar essa teia de corrupção antes que as provas desapareçam como dinheiro em caixa dois. Resta saber se dessa vez a justiça vai ser rápida — ou se vai demorar mais que carro alugado pra chegar na aldeia.