Motoristas por aplicativo em Santarém exigem direitos e atualização de decreto municipal
Motoristas por app em Santarém reivindicam direitos e decreto atualizado

Não é moleza não. Em Santarém, no oeste do Pará, os motoristas que trabalham por aplicativo estão com a corda no pescoço — e resolveram botar a boca no trombone. A galera quer, e com razão, uma atualização no decreto municipal que regula a atividade. E mais: condições dignas de trabalho. Afinal, quem é que aguenta ficar 12 horas no volante sem um mínimo de garantias?

Segundo relatos, o atual decreto tá mais defasado que videocassete. Criado há anos, não acompanha as mudanças do setor — que, convenhamos, virou de cabeça pra baixo desde a pandemia. "A gente se vira nos 30, mas cansa", diz um motorista que prefere não se identificar. "Tá todo mundo no limite."

O que está pegando?

Os principais pontos de atrito são:

  • Tarifas que não cobrem nem o combustível
  • Falta de regulamentação clara sobre jornada de trabalho
  • Risco constante de assaltos (a cidade não tá fácil)
  • Nenhum tipo de benefício ou proteção social

Pra piorar, os apps ficam mudando as regras do jogo sem aviso prévio — e o motorista que se vire pra se adaptar. "É um jogo de gato e rato", comenta outro profissional, enquanto espera corrida na frente do shopping. "Quando você acha que entendeu as regras, elas mudam de novo."

E a prefeitura?

Ah, a prefeitura... Até agora, silêncio total. Os motoristas já tentaram marcar audiências, enviaram ofícios, fizeram abaixo-assinado — e nada. "É como falar com a parede", desabafa um dos líderes do movimento. Enquanto isso, a categoria vai se organizando. Tem grupo no WhatsApp, reuniões semanais e até planos de protesto se a coisa não andar.

O que muita gente não sabe é que Santarém tem um dos maiores números de motoristas por aplicativo proporcionalmente à população. E olha que não é cidade pequena: quase 300 mil habitantes. Ou seja, não é um problema marginal — afeta direto a economia local.

Será que dessa vez vão ouvir a categoria? A bola tá com o poder público. Enquanto a resposta não vem, os motoristas seguram a bronca — mas até quando?