
Eis que a política mineira resolveu dar um nó na economia: a Assembleia Legislativa aprovou nesta segunda-feira (15) as diretrizes orçamentárias para 2026, e olha só o pacote que veio — R$ 25 bilhões em isenções fiscais de um lado, um rombo de R$ 23 bilhões do outro. Alguém avisa a matemática?
Parece aquela história do "quanto mais você me vê, menos eu tenho". Enquanto o governo estadual promete alívio para empresas com o maior pacote de benefícios fiscais da última década, as contas públicas vão sangrar feito torneira furada. E o pior? Tudo dentro da lei.
O que está por trás dos números
Detalhes que fazem a diferença (ou o estrago):
- Setor automotivo leva a fatia do leão — 40% das isenções
- Programas sociais mantêm verbas, mas sem reajuste pela inflação
- Educação e saúde dividem migalhas de 2% do orçamento cada
"É uma aposta arriscada", admite o relator do projeto, enquanto ajusta a gravata. A teoria? Que os benefícios vão aquecer a economia e gerar empregos. A prática? Bem, a gente já viu esse filme antes...
E o cidadão comum?
Enquanto isso, João da Padaria — que paga seus impostos em dia — se pergunta quando chegará sua vez. "Isenção pra mim é só no dicionário", brinca, sem graça. E não é pra menos:
- ICMS dos combustíveis continua pesando no bolso
- Nenhum plano para redução de tarifas de energia
- Serviços públicos seguem na UTI orçamentária
Os deputados garantem que é "sacrifício temporário". Temporário como o verão mineiro ou como a reforma da avenida que nunca acaba? Só o tempo dirá.
Ah, e detalhe: o projeto passou em regime de urgência, sem aquela conversa mole com a sociedade. Quem vive de salário mínimo que segure a ponta — o trem da economia mineira está passando, mas nem todos conseguem embarcar.