
Não é de hoje que o jogo das tarifas comerciais mexe com os nervos dos mercados — e parece que os Estados Unidos estão de boa com isso. Janet Yellen, a todo-poderosa secretária do Tesouro americano, soltou a bomba: "Não temos pressa". Simples assim. Enquanto isso, do outro lado do Equador, o Brasil fica de olho, calculando cada movimento.
E não é pra menos. Afinal, quem nunca levou um susto com essas guerras tarifárias que atire a primeira pedra. Yellen — aquela mesma que já deu umas escapadas para falar de "friendshoring" — deixou claro que Washington prefere respirar fundo antes de qualquer decisão. "Avaliamos cuidadosamente", disse, num tom que mistura prudência com um leve ar de "deixa quieto por enquanto".
E o Brasil nessa história?
Pois é. Enquanto os EUA jogam no modo "devagar e sempre", por aqui a galera do agronegócio já começa a coçar a cabeça. Lembra daquela farra das exportações de aço? Pois então. Qualquer mudança nas regras do jogo pode virar um cabo de guerra — e ninguém quer ser o último da fila.
Ah, mas calma lá! A situação não é tão preto no branco. Especialistas ouvidos pelo R7 lembram que:
- O Brasil tem acordos bilaterais que podem amortecer o baque
- O dólar nas alturas (que sobe, que cai, que sobe...) ajuda em parte
- O governo Lula já sinalizou querer "conversar mais" com os americanos
Mas convenhamos: quando o assunto é comércio exterior, até o café esfria na xícara de tanta espera. E enquanto isso, o mercado financeiro? Bem... "nervosinho" seria um eufemismo.
O jogo de xadrez global
Não é só o Brasil que tá nessa sinuca. A China — aquela mesma que vive um romance conturbado com os EUA — também deve ficar de olho. Afinal, desde os tempos de Trump que essa dança das tarifas mais parece novela mexicana: todo dia um capítulo novo.
E olha só a ironia: enquanto Yellen fala em "paciência estratégica", o Congresso americano já começa a bater o pé. Alguns republicanos — sempre eles — querem medidas mais duras. Democratas? Uns concordam, outros nem tanto. Resumo da ópera: Washington tá dividido, e o mundo vira espectador.
Pra completar, tem aquele velho ditado: "Quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia". Será que dessa vez vai ser diferente? Bom... eu não apostaria meu café da manhã nisso.