
Era uma noite como qualquer outra na Zona Sul de Macapá — até que os tiros ecoaram. Por volta das 22h desta segunda-feira (21), o silêncio do bairro foi quebrado por um crime que deixaria a cidade em estado de choque.
Uma mulher, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi encontrada caída na Rua Jovino Dinoá com múltiplos ferimentos de arma de fogo. Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, claro —, os disparos foram precisos: um na cabeça, outro nas costas. Execução pura, diriam os mais experientes.
O que se sabe até agora?
Os policiais militares chegaram rápido, mas já era tarde. A vítima não resistiu. No local, encontraram apenas a cena trágica e algumas cápsulas de bala — provavelmente de calibre 9mm, segundo um agente que falou sob condição de anonimato.
Detalhe macabro: o corpo estava próximo a um ponto de ônibus, onde provavelmente havia pessoas minutos antes. "Alguém viu, alguém sabe", comentou um morador, enquanto a fita amarela isolava a área.
Investigações em andamento
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas as pistas são escassas. Motivo? Ninguém sabe. Autoria? Mistério. Até o momento, a polícia trabalha com três hipóteses:
- Ajuste de contas (a vítima teria passagem pela polícia)
- Crime passional (um ex-companheiro seria investigado)
- Latrocínio (embora nada tenha sido roubado)
Curiosamente — ou tragicamente —, esse é o quarto homicídio na região só neste mês. Os números assustam, mas quem vive por aqui já parece acostumado. "Todo dia é um risco", lamentou Dona Maria, dona de uma vendinha próxima.
Reações e medo
Enquanto os peritos trabalhavam, um grupo de vizinhos se reunia a certa distância. Uns cochichavam. Outros filmavam com celulares. A maioria apenas observava, com aquela expressão entre o horror e a resignação — como quem diz "de novo?".
O clima na cidade, diga-se, está pesado. Nas redes sociais, os comentários variam entre a indignação ("Até quando?") e a acusação velada ("Sabem quem foi, mas não falam"). Enquanto isso, a família da vítima aguarda respostas que podem nunca chegar.