
Era pra ser um dia comum de pesquisas. Aquele tipo de tarde em que você revira arquivos empoeirados esperando achar — quem sabe? — algum documento esquecido. Mas o que esse historiador amador encontrou foi algo que ninguém poderia prever. Uma página negra da história, literalmente enterrada.
O achado que tirou o sono
Foi quase por acaso. Enquanto vasculhava registros hospitalares dos anos 1950, ele notou discrepâncias nos números. "Algo não batia", contou, ainda visivelmente abalado. "Eram centenas de registros de óbitos infantis que simplesmente... desapareciam dos arquivos oficiais."
O que se seguiu foi uma investigação que durou meses. Até que, num terreno abandonado nos arredores da cidade, a pá encontrou ossos. Muitos ossos. Pequenos demais para serem de adultos.
Os números que não fecham
- Estimativas preliminares apontam para pelo menos 300 corpos
- A maioria são crianças entre 0 e 5 anos
- Alguns ainda vestiam roupinhas hospitalares
"Dá um nó na garganta", admite o pesquisador. "Você pega um ossinho na mão e pensa: essa criança teve nome, teve história. E alguém tentou apagar isso."
O mistério que persiste
As perguntas se acumulam mais rápido que as respostas. Por que esconder? Quem ordenou? Era prática comum? Especialistas consultados balançam a cabeça — "nada justifica isso", diz um antropólogo forense.
Entre os moradores mais antigos, os boatos correm soltos. "Minha avó sempre falou de bebês que sumiam do hospital", conta uma senhora de 82 anos. "Dizia que eram 'anjos levados antes da hora'."
O caso agora está nas mãos do Ministério Público. Enquanto isso, o historiador amador — que preferiu não se identificar — mal consegue dormir. "Sonho com elas", confessa. "Pequenininhas, pedindo pra não serem esquecidas."