
Era pra ser mais um dia comum em Taguatinga, mas o que aconteceu na última segunda-feira (21) deixou muita gente com um nó na garganta. Uma arara-canindé — aquelas lindonas de peito amarelo e asas azuis — foi encontrada morta, e o pior: um vídeo que circula nas redes mostra um homem depenando a pobre ave como se fosse um frango de mercado.
Não dá pra entender, né? A gente vive num país que tem uma das biodiversidades mais ricas do planeta, e ainda tem gente que trata um bicho desses como se fosse lixo. O vídeo é pesado — aviso logo —, mas mostra em detalhes o momento em que o indivíduo arranca as penas da arara, que já estava sem vida.
Onde foi parar a consciência?
Parece que tem gente que nasceu sem o mínimo de respeito pela natureza. A arara-canindé (Ara ararauna, pra quem gosta do nome científico) é uma espécie protegida por lei, e fazer isso com ela não é só falta de educação: é crime ambiental. E dos graves.
Moradores da região ficaram indignados quando viram as imagens. "É de cortar o coração", disse uma senhora que preferiu não se identificar. "Todo dia eu via essa arara voando por aqui, era uma alegria. Agora só sobrou a tristeza."
O que diz a lei?
Pois é, se o sujeito do vídeo for identificado, pode se preparar pra dor de cabeça. Segundo o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, matar, perseguir ou maltratar animais silvestres pode render:
- Detenção de 6 meses a 1 ano
- Multa que varia de R$ 500 a R$ 5.000 por animal
E olha que isso é o básico. Se provarem que ele capturou a ave viva antes de matá-la, a pena pode ser ainda maior. O Ibama já foi notificado e deve abrir investigação.
Enquanto isso, o caso virou assunto nas redes sociais. Alguns até defendem o tal homem — dizem que a arara já estava morta quando ele a encontrou. Mas, sinceramente? Mesmo que fosse verdade, depenar o bicho em praça pública não é exatamente o que chamaríamos de "atitude digna".
Fica a dúvida: será que um dia a gente vai aprender a conviver com a natureza sem precisar destruí-la? Por enquanto, o que resta é torcer pra justiça ser feita — e que essa arara não tenha morrido em vão.