
Eis uma notícia que faz a gente levantar a sobrancelha: os Estados Unidos decidiram, depois de uma pausa de mais de uma década e meia, mandar um carregamento de armas nucleares para o Reino Unido. Não é brincadeira de criança, não. Segundo fontes bem-informadas, os B-61-12 — aqueles mísseis moderninhos que cabem num bolso de avião — estão a caminho da base aérea de Lakenheath.
Parece filme de espionagem, mas é a vida real. A última vez que isso aconteceu foi lá em 2008, e olhe lá. Agora, com a Rússia batendo o pé na Ucrânia e o mundo todo em pé de guerra, os americanos resolveram dar esse passo. Será precaução ou provocação? Difícil dizer.
O jogo das cadeiras nucleares
O que me deixa de cabelo em pé é o timing. Enquanto a OTAN faz exercícios militares na Europa — aqueles que deixam o Putin com os nervos à flor da pele —, os EUA escolhem justamente agora para reforçar o arsenal aliado. Coincidência? Acho difícil.
- Os mísseis podem ser lançados por caças F-35 e Tornado
- Cada um tem poder destrutivo ajustável (sim, como volume de rádio)
- Estima-se que o estoque nuclear americano na Europa já passe de 100 unidades
E tem mais: os russos não ficaram sabendo por último. Já ameaçaram tomar "medidas compensatórias", o que, no linguajar deles, significa provavelmente mais armas apontadas para o Ocidente. Um vai-e-vem perigoso, se me perguntam.
E o Brasil nessa história?
Pode parecer distante, mas quando os grandes brigam, o mundo todo sente. A gente aqui, preocupado com inflação e futebol, deveria ficar de olho nesse tabuleiro geopolítico. Se a tensão nuclear esquenta, até nosso cafezinho pode ficar mais caro.
O Pentágono, claro, fala em "dissuasão" e "segurança coletiva". Mas entre você e eu: quando foi que colocar mais bombas no mundo trouxe paz de verdade? Fica a reflexão.