Incêndios em contêineres de recicláveis causam prejuízo de R$ 700 mil em Porto Alegre — veja os detalhes
Incêndios em contêineres causam prejuízo de R$ 700 mil em POA

Porto Alegre acordou com mais um capítulo triste na sua história recente. Dessa vez, o vilão foi o fogo — e não, não estamos falando do calor típico do inverno gaúcho. Pelo menos três contêineres de materiais recicláveis viraram cinzas em diferentes pontos da cidade, deixando um rombo de aproximadamente R$ 700 mil no bolso dos cofres públicos e de cooperativas de catadores.

Os bombeiros tiveram trabalho dobrado. O primeiro chamado veio por volta das 3h da madrugada, na Zona Norte. Quando a fumaça baixou, o estrago já estava feito: plástico, papelão e outros materiais que seriam reaproveitados viraram fumaça — literalmente. E olha que a coisa não parou por aí. Horas depois, outro foco apareceu na região central, e depois mais um na Zona Sul. Coincidência? A polícia duvida.

O que se perdeu além do material?

Não foi só dinheiro que virou pó. O prejuízo social é imensurável. Esses contêineres são o ganha-pão de dezenas de famílias que dependem da reciclagem. Sem o material, o trabalho de semanas — quiçá meses — desapareceu em questão de minutos. "É como se alguém tivesse queimado o salário do mês inteiro", desabafou um catador que preferiu não se identificar.

E tem mais: os equipamentos danificados não são fáceis de repor. Cada contêiner desses custa uma pequena fortuna, e a prefeitura já admitiu que a reposição vai demorar. Enquanto isso, o serviço de coleta seletiva fica comprometido. Ou seja: todo mundo perde.

Investigação em andamento

A delegacia especializada em crimes ambientais já está com o caso em mãos. As primeiras pistas apontam para ação criminosa — e não, não foi um acidente bobo como alguém jogando bituca de cigarro no lugar errado. Os peritos encontraram indícios de que os incêndios foram provocados de forma sistemática. Agora, o que todo mundo quer saber: quem ganharia com isso?

Enquanto as autoridades correm atrás de respostas, a população fica com o gosto amargo na boca. Afinal, em tempos de discussão sobre sustentabilidade e economia circular, ver toneladas de material reciclável virando fumaça é no mínimo irônico. Ou seria trágico?