Tragédia em Rotatória de MT: PM Aposentado Morre e Três Ficam Feridos em Colisão Brutal
PM aposentado morre em acidente grave com três feridos em MT

Imagine a cena: uma noite comum em Tangará da Serra, aquela tranquilidade característica do interior mato-grossense, subitamente estilhaçada pelo impacto metálico de uma colisão violenta. Não foi um simples acidente – foi uma daquelas tragédias que ecoam pela comunidade, deixando marcas profundas.

O que aconteceu naquela rotatória, por volta das 22h de sexta-feira, foi algo digno de filme de ação, mas com consequências terrivelmente reais. Um Honda City e um Chevrolet Onix – dois veículos com destinos tragicamente entrelaçados – se encontraram da pior maneira possível.

O Preço da Imprudência

Testemunhas ainda parecem estar sob o choque do que presenciaram. O Honda, segundo relatos, simplesmente não respeitou a preferência da rotatória. Entrou como um raio, sem dar chance ao outro veículo de evitar o desastre. O resultado? Uma batida seca, daquelas que fazem o estômago embrulhar.

Dentro do Onix, quatro vidas foram viradas de cabeça para baixo em questão de segundos. No banco do passageiro, José Aparecido Peres – 64 anos de idade, 64 anos de histórias, um PM aposentado que certamente já havia enfrentado muitos perigos em sua carreira, mas não conseguiu sobreviver a este.

Os bombeiros chegaram rápido, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarmos a lutar. Ele foi declarado morto ainda no local. Três outras pessoas, também no Onix, tiveram sorte relativa: saíram com ferimentos, mas conscientes. Foram levadas às pressas para o Hospital Regional. Que alívio saber que suas vidas não correram risco – pequeno consolo numa noite tão sombria.

O Outro Lado da Moeda

E o motorista do Honda? Surpreendentemente, saiu ileso. Fisicamente, pelo menos. Imagino o turbilhão de emoções que deve estar sentindo agora – a culpa, o susto, a incredulidade. A Polícia Militar já abriu inquérito para investigar as causas do acidente. Alcooltest? Excesso de velocidade? Distração? As perguntas são muitas.

Ah, as rotatórias! Esses espaços que deveriam organizar o tráfego, mas que tantas vezes se transformam em palcos de tragédia. Quantas vezes passamos por elas no piloto automático, sem a devida atenção? Esta poderia ser mais uma estatística triste do trânsito brasileiro, mas para as famílias envolvidas, é muito mais que isso.

É o fim abrupto de uma vida dedicada à segurança pública. É o trauma de três pessoas que levarão as marcas deste dia para sempre. É o motorista que carregará esse peso na consciência.

Enquanto a justiça corre seu curso e as investigações apuram responsabilidades, resta uma comunidade em luto e uma lição dura sobre como um único instante de imprudência pode ceifar vidas e destruir famílias. O trânsito exige respeito constante – essa é a dolorosa mensagem que fica.