
Numa reação tão rápida quanto o susto que tomou Belém, a UFPA botou o pé na estrada — literalmente — pra amparar quem mais precisa. Depois daquela batida de doer no coração na BR-153, onde um ônibus cheio de sonhos virou cenário de pesadelo, a universidade montou um esquema especial.
Não é só burocracia, não. Tão importante quanto os papéis são os abraços — e a instituição entendeu isso na hora. Psicólogos, assistentes sociais e até galera do jurídico tão lá, 24 horas por dia, virando a noite se precisar.
O que tem no posto?
- Acolhimento psicológico (porque chorar faz parte)
- Orientação jurídica (pra ninguém se perder nos trâmites)
- Informações médicas atualizadas (sem aquele suspense angustiante)
- Até café quentinho e um ouvido amigo (as pequenas coisas importam)
"A gente sabe que não apaga a dor, mas se puder carregar um pedaço dela, já é algo", diz uma das voluntárias, com aquela voz embargada que só quem já viveu situações assim conhece. O pessoal da UFPA tá usando até salas normalmente reservadas pra provas pra transformar em espaço de conforto — ironia do destino, não?
E os estudantes?
Dos 23 passageiros — maioria esmagera da turma de Agronomia —, sete ainda tão no hospital. Dois em estado que preocupa, mas estável. Os outros já receberam alta, mas carregam marcas que não são só físicas. A reitoria prometeu acompanhar cada caso até o fim, seja com tratamento médico, psicológico ou até adaptações nas aulas.
Ah! E pra quem quer ajudar? Tem doações sendo recebidas no campus principal — desde um pacote de biscoito até aquele tempo pra ouvir alguém. Porque no fim das contas, como diz o ditado popular aqui do Norte: "chuva forte a gente segura junto".