
Era para ser mais uma noite tranquila de domingo—aquela paz característica que segue aos cultos—mas terminou em tragédia absoluta. Dona Maria, como era conhecida na comunidade, caminhava para casa após seus momentos de fé quando o inacreditável aconteceu.
Por volta das 22h30, na Rua 1140, no Setor Maringá, um veículo—controlado por alguém que decidira desafiar todas as leis da razão e do bom senso—avançou sobre ela. Não foi um simples acidente; foi algo que poderia ter sido evitado mil vezes.
A motorista, uma mulher de 42 anos, não apenas estava alcoolizada, mas também tentou fugir após o atropelamento. Imagine só: deixar alguém agonizando no asfalto enquanto você tenta escapar da própria insanidade.
Testemunhas—seres humanos decentes, diga-se—não permitiram. Intervieram, impediram a fuga e chamaram a Polícia Militar. Quando os agentes chegaram, a condutora ainda estava no local, mas já era tarde demais para Dona Maria.
Ela foi levada às pressas para o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), mas não resistiu. Seu corpo não suportou a violência do impacto—uma violência gratuita, desnecessária, fruto de uma escolha irresponsável.
A sobrinha da vítima, visivelmente abalada, contou que a tia sempre ia à igreja. Sempre. Era um ritual de paz, de esperança. "Ela voltava para casa, como sempre fez, mas dessa vez não chegou", disse, entre lágrimas.
E agora? A motorista foi detida—óbvio—e responderá por homicídio culposo no trânsito. Mas isso é pouco, muito pouco perto da perda de uma vida. O que vale uma pena perante a ausência de alguém?
O caso está sob investigação da Delegacia de Crimes de Trânsito (DCTran). Mais um nome na estatística macabra de Goiás—que só este ano já registrou centenas de mortes no asfalto.
E a pergunta que fica, ecoando nas ruas escuras de Goiânia: quando é que vamos, de fato, aprender que álcool e direção não combinam? Quando é que a vida vai valer mais que uma noite de irresponsabilidade?