Era uma manhã como outra qualquer em Vila Velha, até que o som de metal retorcido ecoou pela rua. Por volta das 9h30 desta segunda-feira (14), um carro prata — desses populares que a gente vê todo dia — perdeu o controle de repente, como se tivesse sido puxado por uma força invisível.
Testemunhas contam que o veículo "deu um pulo" antes de cair no valão. E não era qualquer buraco: uma cratera de quase 3 metros que, diga-se de passagem, já era velha conhecida dos moradores. "Todo mundo aqui reclamava", disse um senhor que preferiu não se identificar, enquanto ajustava o boné com mãos trêmulas.
O resgate que não chegou a tempo
Os bombeiros chegaram em 12 minutos — tempo recorde para a região. Mas quando enfim conseguiram retirar o motorista dos escombros, já era tarde. O homem, cuja identidade ainda não foi divulgada, não resistiu aos ferimentos. Um detalhe macabro: o airbag tinha acionado, mas o impacto lateral foi forte demais.
No local, restaram:
- Um par de óculos quebrado
- Documentos espalhados como folhas secas
- Marcas de pneu que contavam uma história sem final feliz
O valão que virou armadilha
Aqui vai o que ninguém conta: esse trecho da via já acumulava pelo menos 5 reclamações só este ano. "É sempre na curva, quando chove piora", comentou uma moradora enquanto limpava as mãos no avental. A prefeitura? Diz que as obras de drenagem estavam programadas para o próximo mês. Ironia do destino ou descaso crônico? Fica a dúvida.
Enquanto isso, no grupo de WhatsApp da vizinhança, as mensagens não paravam: "Mais um que a cidade matou", "Até quando?". Perguntas que, como tantas outras no Brasil, ficam rodando no ar feito fumaça de escapamento.
