Saúde mental em crise: Limeira registra aumento de 129% em atendimentos — veja os remédios mais receitados
Saúde mental em crise: atendimentos sobem 129% em Limeira

Os números não mentem — e, em Limeira, eles gritam. De repente, parece que todo mundo tá precisando de um ombro amigo (ou de uma caixinha de remédios). Os postos de saúde viraram ponto de encontro: só no último ano, os atendimentos relacionados à saúde mental deram um salto de 129%. Não é brincadeira.

"A gente tá vendo cada caso...", comenta uma enfermeira que preferiu não se identificar, enquanto organiza pilhas de receitas. Fluoxetina, Sertralina, Clonazepam — os nomes soam como um refrão conhecido demais nos corredores das unidades básicas.

O que tá por trás dessa explosão?

Dois vilões principais: a depressão, que insiste em pintar o mundo de cinza, e a ansiedade, aquela companheira que não sabe a hora de ir embora. Juntas, elas respondem por 73% dos diagnósticos. Mas calma, não é só isso:

  • Crise econômica apertando o bolso (e o psicológico)
  • Isolamento pós-pandemia que deixou sequelas
  • Redes sociais — ah, essas "amigas" que só mostram vidas perfeitas

E tem mais: os jovens entre 20 e 35 anos aparecem como os mais afetados. "Chegam aqui já no limite", relata um psicólogo do CAPS, enquanto ajusta os óculos. A geração que deveria estar no auge parece estar carregando um peso desproporcional nas costas.

Farmácia popular: o ranking dos mais pedidos

Olha só essa lista que a gente conseguiu:

  1. Fluoxetina (aquele famoso "tira-teima" da depressão)
  2. Sertralina (primo próximo, mas com outra roupagem)
  3. Clonazepam (o "sossega leão" das crises de ansiedade)

E olha que curioso: a demanda por esses remédios subiu junto com o preço do pãozinho. Coincidência? Difícil acreditar.

Enquanto isso, nas filas do SUS, histórias se entrelaçam. Dona Maria, 58 anos, segura sua receita como se fosse um salva-vidas: "Antes eu achava que era fraqueza, hoje sei que é doença". Talvez esse seja o único ponto positivo em meio a tanto caos — a quebra do preconceito.

Os especialistas alertam: "Isso aqui é só a ponta do iceberg". Com a rede pública sobrecarregada, muitos acabam nem chegando ao sistema. E aí? Cadê a solução? Fica a pergunta no ar, como um remédio esquecido na prateleira.