
Eis que chega o dia. Depois de um suspense que parecia não ter fim, o Supremo Tribunal Federal finalmente colocou na mesa a sequência do julgamento que tem o país inteiro de olho. A sessão desta quarta-feira promete ser daquelas que entram para os livros de história – e não é exagero.
O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, será o primeiro a votar. Pontualmente às 14h, ele deve dar início a esse capítulo crucial. Seguindo a tradição do regimento interno, a palavra corre entre os ministros por ordem de antiguidade. Toffoli, que assumiu a cadeira em 2009, abre os trabalhos.
Quem Vota e Quando? A Ordem Exata dos Ministros
Depois de Toffoli, a bola da vez passa para os ministros mais recentes. É assim que funciona a dança das cadeiras no Supremo: começa pelo mais novo e vai subindo até chegar ao decano. Uma coreografia institucional que, convenhamos, pouca gente fora do mundo jurídico entende direito.
- Edson Fachin (2015) – Segundo da fila
- Luís Roberto Barroso (2013) – Terceiro a se manifestar
- Rosa Weber (2011) – Quarta votação
- Luiz Fux (2011) – O aguardado quinto voto
- Cármen Lúcia (2006) – Sexta a falar
- Gilmar Mendes (2002) – Sétimo na sequência
- Alexandre de Moraes (2017) – Oitavo votante
- Nunes Marques (2020) – Nono e último
Sim, você leu certo. Fux vota por volta das 15h30, se tudo correr como previsto – o que, entre nós, raramente acontece nesses maratonistas julgamentos. Cada ministro costuma levar uns 45 minutos para expor seus argumentos, mas tem uns que… bem, todo mundo sabe que alguns gostam de ouvir a própria voz.
O que Esperar do Voto de Fux?
Ah, essa é a pergunta de um milhão de dólares! Fux sempre foi uma caixinha de surpresas. Jurista brilhante, com uma carreira impecável, mas dono de um voto que às vezes segue por caminhos inesperados. Especula-se que ele tende a seguir a linha mais técnica, focando nos aspectos processuais da denúncia contra Bolsonaro.
Mas cá entre nós: nesses casos de alto impacto político, até o mais técnico dos ministros sabe que cada palavra pesa como chumbo. O placar ainda está completamente aberto, e o voto de Fux pode ser decisivo para inclinar a balança para um lado ou para o outro.
O cerne da questão? Se Bolsonaro cometeu mesmo crimes de responsabilidade durante a pandemia – e se isso merece uma condenação que o impeça de disputar eleições futuras. Não é pouco.
Enquanto isso, do lado de fora do STF, o clima é de tensão. A Esplanada dos Ministérios já está cercada por um aparato de segurança que parece cenário de filme de ação. De um lado, apoiadores do ex-presidente; do outro, grupos que pedem condenação. E no meio, nós, tentando entender o que diabos vai sair disso tudo.
Uma coisa é certa: não vai dar para desgrudar os olhos das notícias hoje. Cada voto conta, cada argumento pesa, e cada minuto pode trazer uma reviravolta. O Brasil prende a respiração e espera.