
A fumaça espessa que subia ao céu nesta sexta-feira (20) não era apenas um alerta de destruição, mas o cenário de uma mobilização comovente. A Floresta Nacional de Ipanema, aquele pedaço de paraíso verde em Iperó, no interior de São Paulo, virou palco de uma luta frenética contra as chamas. E olha, não é exagero dizer que a situação é tensa.
Pois é. Enquanto o fogo avançava, uma rede de solidariedade se formava num piscar de olhos. Bombeiros, é claro, na linha de frente, suando a camisa. Mas quem diria? A galera do Centro de Fauna Silvestre da Niacêta, junto com um monte de voluntário que apareceu do nada, transformou a tragédia numa demonstração e tanto de amor pelos bichos.
“Trabalho de Formiguinha” – A Fala que Resume Tudo
O biólogo Rodrigo Silva, da Niacêta, resumiu a coisa toda com uma frase que gruda na mente: é um “trabalho de formiguinha”. E não é que é? Cada um fazendo sua parte, um levando um pacote de ração, outro ajudando a transportar um bicho assustado. Uma coisa minúscula, isolada, parece insignificante. Mas junta tudo e vira uma força da natureza, maior até que o incêndio.
O que mais está sendo preciso? Ração, e muita. Principalmente para aves e pequenos mamíferos. Frutas também são super bem-vindas. Quem puder, é só levar no ponto de coleta que foi montado no próprio centro. É aquela ajuda que, pra gente, é um gesto simples, mas pra um animal com fome, é tudo.
O Que Aconteceu, Afinal?
O coração da questão ainda é uma incógnita. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que cuida do parque, confirmou o incêndio, mas as causas ainda estão sendo investigadas. A suspeita paira no ar: será que foi um daqueles casos de queimada irregular, tão comuns nessa época de seca? O clima tá a favor do fogo, infelizmente – tempo seco, vento forte. Uma combinação perigosa.
E aí, a pergunta que não quer calar: qual o estrago? Ainda é cedo para ter a dimensão real do prejuízo ambiental. As equipes estão lá, avaliando os danos à flora e, principalmente, tentando salvar o máximo possível da fauna que chamava a floresta de casa.
Uma lição dura, mas necessária. Mostra como a natureza é frágil e como, num momento de crise, a gente descobre nossa capacidade de fazer a diferença. Cada doação, cada minuto de trabalho voluntário, é um tijolinho na reconstrução daquilo que o fogo tentou tirar.