
O que está acontecendo nos escritórios do país? Parece que do nada todo mundo começou a sentir aquela pressão que não dá mais pra disfarçar. Não é frescura, não — é coisa séria.
Dados recentes mostram um aumento assustador: casos de burnout subiram 35% só nos últimos dois anos. Ansiedade? Mais 40%. E a depressão não fica atrás, com um crescimento preocupante de 28%. Os números gritam, mas nas empresas muitas vezes o assunto ainda é sussurrado.
O Silêncio que Machuca
O pior dessa história toda é que muita gente sofre calada. Medo de ser mal vista, de parecer fraca, de prejudicar a carreira. Então engolem o choro e seguem em frente até não aguentar mais.
— É uma cultura do "aguenta que lá na frente melhora" — comenta uma psicóloga que preferiu não se identificar. — Só que lá na frente muitas vezes a pessoa já está esgotada, doente, sem condições de trabalhar.
Sinais de Alerta que Ignoramos
- Cansaço que não passa nem depois do fim de semana
- Irritabilidade com coisas pequenas
- Dificuldade para se concentrar
- Insônia ou excesso de sono
- Desânimo constante
Parece familiar? Pois é. O problema é que normalizamos esses sintomas como "parte do trabalho". Erro grave.
E as Empresas? O que Estão Fazendo?
Algumas começaram a acordar para o problema. Programas de bem-estar, flexibilidade horária, apoio psicológico. Mas ainda é pouco, muito pouco.
A maioria trata saúde mental como benefício, não como direito. Como se fosse um bônus, não uma necessidade básica.
— Precisamos de mudanças estruturais, não apenas paliativos — defende um especialista em recursos humanos. — Horários racionais, cobranças realistas, respeito aos limites. Isso sim faz diferença.
E Você? Como Fica Nessa História?
Primeiro: reconheça que não está tudo bem. Segundo: procure ajuda. Terceiro: estabeleça limites. Sim, é mais fácil falar do que fazer, mas é possível.
Conversar com colegas, buscar terapia, negociar prazos mais realistas. Pequenos passos que podem evitar um colapso maior.
No final das contas, trabalho é importante, mas saúde mental é fundamental. Sem ela, todo o resto desmorona.