
Imagine uma cena digna de filme de suspense: fetos de lhamas secos ao sol, usados em rituais ancestrais, cruzando a fronteira entre Bolívia e Brasil. Parece exagero? Pois é exatamente isso que está acontecendo — e as consequências podem ser bem mais sérias do que você imagina.
O que tem de errado com esses fetos?
Primeiro, vamos ao básico: na cultura andina, principalmente na Bolívia, fetos de lhamas são considerados amuletos de sorte. Vendidos em mercados populares, eles acabam sendo levados por viajantes — alguns sem nem saber o perigo que carregam na bagagem.
O problema? Esses materiais biológicos podem ser uma bomba-relógio sanitária. Sem os devidos controles, há risco de transmissão de doenças que já deveriam estar extintas no Brasil, como a febre aftosa. E olha que isso é só a ponta do iceberg.
Por que o Brasil deveria se preocupar?
Fronteiras porosas, fiscalização limitada e um comércio que muitas vezes acontece «de baixo dos panos». Juntou tudo? Temos a receita perfeita para um desastre. Autoridades sanitárias já estão em alerta, mas será que não é tarde demais?
- Risco de contaminação: esses fetos podem carregar vírus e bactérias resistentes
- Fiscalização frágil: como identificar um feto de lhama dentro de uma mala cheia de roupas?
- Cultura vs. saúde pública: até onde vai o respeito às tradições quando vidas estão em jogo?
E não pense que isso é «coisa de fronteira». Já houve casos desses amuletos aparecendo em feiras esotéricas em São Paulo e até no Rio de Janeiro. A distância geográfica, nesse caso, não é garantia de segurança.
O que está sendo feito?
Por enquanto, a estratégia tem sido de conscientização — tanto de viajantes quanto de comunidades que mantêm essas práticas. Mas será que palestras e folhetos são suficientes contra uma tradição de séculos?
Alguns especialistas defendem medidas mais duras, como:
- Fortalecimento da vigilância nas fronteiras
- Parcerias com autoridades bolivianas para coibir o comércio
- Campanhas de saúde pública explicando os riscos reais
Enquanto isso, o comércio continua. E os riscos também. O que você acha que deveria ser feito? Tradição ou saúde pública — até onde um deve prevalecer sobre o outro?