
Pois é, pessoal. A situação não tá nada bonita por aqui. Cuiabá acabou de receber um título que ninguém quer ter: o de pior gestão fiscal entre todas as capitais do país. É isso mesmo que você leu.
O levantamento da Firjan – federação que representa as indústrias do estado do Rio – colocou nossa capital na lanterninha do ranking nacional. E olha que o estudo analisou dados de 2023, então não adianta querer empurrar a culpa para administrações passadas.
Mas afinal, o que foi avaliado?
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) não é simplesmente um número jogado aleatoriamente. Ele considera quatro pilares importantes:
- Gastos com pessoal – porque ninguém consegue gerir bem uma cidade se a maior parte do orçamento vai só para pagar funcionários
- Economia financeira – aquela velha história de guardar dinheiro para quando as vacas magras aparecerem
- Investimentos – porque de nada adianta economizar se não tiver obra nova, escola melhorada ou posto de saúde funcionando direito
- Receita própria – a capacidade da cidade de gerar seu próprio dinheiro, sem depender só dos repasses federais
E adivinha? Cuiabá se saiu mal em praticamente todos esses aspectos. Na verdade, foi tão ruim que a gente até se pergunta como que conseguiram errar tanto em tantas frentes diferentes.
E as outras capitais? Como ficaram?
Enquanto a gente afunda aqui no centro-oeste, outras cistas deram um banho de gestão. Curitiba, por exemplo, arrasou – primeiro lugar no ranking, com nota 0,889. Porto Alegre e Goiânia também se saíram muito bem, mostrando que é possível, sim, administrar uma capital com competência.
Já Cuiabá... bem, nossa nota foi de 0,396. Sim, menos da metade da campeã. É tipo tirar 3,9 numa prova que o primeiro colocado tirou 8,8. Dá até vergonha alheia.
E agora? Tem solução?
Olha, a situação é grave, mas não é irreversível. O problema é que gestão fiscal decente exige planejamento de longo prazo – coisa que parece ter faltado por aqui. Não é só cortar gastos aleatoriamente ou aumentar impostos sem critério.
Precisa ter visão, estratégia e, principalmente, coragem de fazer o que precisa ser feito, mesmo quando as medidas são impopulares. Porque no final das contas, uma cidade que não consegue equilibrar suas contas acaba prejudicando justamente quem mais precisa: a população.
Fica aí o alerta. Esperamos que as autoridades locais acordem para a realidade e comecem a tratar as finanças públicas com a seriedade que merecem. Até porque, convenhamos, ninguém merece morar na capital com a pior gestão fiscal do Brasil.