
Imagine suar o dia inteiro no batente e, no final do mês, ver a conta bancária vazia. Pois é exatamente essa a realidade que um grupo de pedreiros de Camanducaia enfrenta há meses. Eles literalmente colocaram a mão na massa na construção do novo Fórum da cidade, mas o pagamento? Ah, esse ficou só na promessa.
O que era para ser uma oportunidade de trabalho digno se transformou num verdadeiro calvário. Segundo os trabalhadores, a construtora responsável pela obra simplesmente sumiu do mapa depois que os serviços foram executados. Sumiu e deixou um rastro de contas não pagas e famílias desesperadas.
O prejuízo que não é só financeiro
Não é exagero dizer que a situação está crítica. Alguns pedreiros relatam dívidas acumulando nas vendinhas do bairro, medo de despejo e até dificuldade para comprar o básico pra casa. É aquela velha história: o trabalhador brasileiro segura as pontas como pode, mas chega uma hora que o elástico estoura.
E olha, não foram poucos os afetados. A gente tá falando de um time considerável de profissionais que botou fé no contrato e agora se vê numa enrascada das grandes. O pior? A obra do Fórum, que deveria simbolizar justiça, acabou virando palco de uma injustiça tremenda.
Justiça é acionada
Diante do desespero, a solução foi bater nas portas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Os pedreiros, assessorados por seus representantes, entraram com uma ação judicial pedindo não só o pagamento dos valores devidos, mas também indenizações pelos transtornos. E não é pouco não – os valores devidos são suculentos, fruto de muitos meses de trabalho duro.
O caso agora está nas mãos da Justiça, e todo mundo na cidade fica na expectativa. Será que o poder judiciário vai conseguir dar um jeito nessa bagunça? A esperança é a última que morre, mas confesso que tá difícil manter o ânimo.
Enquanto isso, a obra do Fórum – ironicamente – segue parada. Um canteiro de obras silencioso que grita descaso. E os pedreiros? Esses seguirm na labuta, tentando achar outros bicos pra fechar as contas no fim do mês. A vida, como sempre, não para.