
Não é todo dia que a gente vê um caso desses. Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, um pastor e uma professora acabaram de ser condenados por algo que parece saído de outro século: trabalho análogo à escravidão. E olha que a vítima era justamente uma empregada doméstica que trabalhava na casa deles. Dá pra acreditar?
A Justiça não teve dúvidas - a sentença saiu pesada. 4 anos de prisão em regime inicialmente fechado, além de multa. Mas o pior mesmo são os detalhes do que essa mulher passou. Trabalho exaustivo, condições degradantes, humilhações... Parece filme de terror, mas era o dia a dia dela.
O que rolou exatamente?
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a empregada:
- Não tinha horário de trabalho definido - madrugada, fim de semana, feriado... Tudo igual
- Dormia no chão, num espaço improvisado
- Chegou a passar fome em alguns períodos
- Era vigiada constantemente
E sabe o que é mais revoltante? Os acusados são pessoas que, teoricamente, deveriam pregar o bem. Um pastor evangélico e uma professora. A ironia não poderia ser maior.
"Mas como isso ainda acontece?"
Boa pergunta. A gente vive em 2025 e casos assim ainda pipocam por aí. O MPT não deixou barato - além da condenação criminal, os dois vão ter que pagar indenização por danos morais. Justíssimo, diga-se de passagem.
O juiz foi categórico na sentença: "condições incompatíveis com a dignidade humana". E olha que esse não é o primeiro caso do tipo na região. Ano passado, um empresário de Natal também foi pego em situação parecida. Cadê a evolução, gente?
Moral da história: trabalho escravo não é coisa do passado. Está aí, escondido atrás de portas fechadas, muitas vezes cometido por quem menos esperamos. Fica o alerta.