
Numa daquelas conversas que a gente não esquece tão cedo, Michelle Bolsonaro soltou o verbo. A pergunta que todo mundo queria fazer finalmente foi respondida, sem rodeios e com uma sinceridade que pegou até o entrevistador de surpresa.
— Olha, sobre 2026… nada está descartado. Se for a vontade de Deus, eu entro na disputa. Simples assim.
Não foi um sim, mas definitivamente não foi um não. E nesse talvez, mora um furacão político que pode abalar as estruturas do planalto. A fé, pra ela, não é só um detalhe de biografia – é a bússola que aponta o caminho.
O Chamado e a Missão
— Minha vida sempre foi guiada por propósitos maiores que eu mesma — confessou, com um tom de voz que misturava convicção e uma tranquilidade quase surreal para o tema. — Não se trata de ambição pessoal, mas de obedecer a um desígnio que não compreendemos totalmente.
Ela fala com a calma de quem já decidiu que o ritmo das coisas não será ditado pela ansiedade política ou pelos holofotes. Há um timing pra tudo, e esse timing, nas palavras dela, «não é nosso para controlar».
O Legado e o Futuro
Enquanto isso, o eleitorado bolsonarista se divide entre os que juram de pés juntos que ela é a única capaz de unificar a direita e os que ainda resistem à ideia. Michelle, no entanto, parece navegar acima dessa discussão com uma serenidade impressionante.
— Meu trabalho com libras, com as causas da família, com as mulheres… isso não para. Candidata ou não, minha missão continua a mesma.
E faz uma pausa dramática antes de concluir:
— O palácio é apenas um endereço. O serviço prestado ao próximo é que é o verdadeiro poder.
Restou a pergunta que não quer calar: o que o ex-presidente acha disso tudo? Ela sorriu, um daqueles sorrisos que não entrega nada.
— Meu marido me apoia em tudo, mas essa decisão… essa decisão é minha. E de Deus.
E assim, entre linhas divinas e humanas, Michelle Bolsonaro deixou o país inteiro de olho no céu – e nas urnas.