São Paulo dá passo histórico: Alesp lança nova edição de financiamento para projetos com cannabis medicinal
Alesp financia projetos com cannabis medicinal em SP

Eis que São Paulo decide dar mais um passo à frente numa questão que, convenhamos, ainda divide opiniões pelo país afora. A Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) acaba de anunciar a segunda edição do programa de financiamento para projetos envolvendo cannabis medicinal. Sim, você leu certo - e não, não é pegadinha.

Dessa vez, a iniciativa vai destinar nada menos que R$ 500 mil do Tesouro do Estado para apoiar pesquisas e desenvolvimento de produtos à base da planta. A verba é específica para estudos científicos e tecnológicos que explorem o potencial terapêutico da cannabis.

Quem pode participar dessa jogada?

As regras são claras como água de coco fresca: podem se candidatar universidades públicas e privadas, institutos de pesquisa e até micro e pequenas empresas que estejam com algum projeto na área. Mas atenção: tem que ser coisa séria, com pé na ciência e compromisso com a saúde pública.

O edital já está disponível no site da Alesp desde esta quarta-feira (17), e o prazo para envio das propostas vai até 17 de maio. Quem tiver interesse precisa correr - tempo é dinheiro, e nesse caso, literalmente.

Por que isso importa?

Pra ser sincero, ainda existe um estigma enorme em torno da cannabis no Brasil. Enquanto muitos países já avançaram nessa discussão, aqui ainda patinamos em debates moralistas que pouco ajudam quem precisa de tratamento.

Essa iniciativa da Alesp joga luz sobre o potencial medicinal da planta, deixando de lado velhos preconceitos e focando no que realmente importa: aliviar o sofrimento de pacientes. É ciência, não ideologia.

O programa também prevê a criação de um comitê técnico-científico para avaliar os projetos - porque afinal, não é qualquer ideia que vai pegar a grana. Tem que ter método, relevância e potencial de impacto real na saúde das pessoas.

Pra quem acompanha o tema, essa não é exatamente uma novidade de primeira hora. A primeira edição do programa rolou em 2023, mas confesso que passou meio despercebida pela grande mídia. Agora, com essa segunda chamada, parece que a coisa está ganhando fôlego.

O que me faz pensar: será que estamos finalmente amadurecendo como sociedade para discutir a cannabis além dos tabus? O tempo - e os resultados desses projetos - vão nos responder.