
Eis que, em pleno 2025, Limeira resolve dar um daqueles golpes de mágica na legislação tributária — mas sem a varinha de condão da participação popular. Na tarde desta quarta (23), a Câmara Municipal aprovou, em tempo recorde, mudanças nas alíquotas do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e do ISS (Imposto sobre Serviços).
O detalhe? Tudo foi feito na base do "passa lá que eu assino depois". Pelo menos é o que afirma o vereador José da Silva (fictício), que soltou o verbo nas redes sociais: "Nem time ruim marca gol sem goleiro — mas aqui aprovaram projeto complexo em 15 minutos, sem direito a perguntas".
O que muda no bolso do contribuinte?
Segundo fontes da Casa, as alterações incluem:
- Redução do ITBI para imóveis comerciais
- Aumento progressivo do ISS para serviços digitais
- Criação de nova faixa para transações acima de R$ 1 milhão
Curiosamente, enquanto o prefeito comemorava a "modernização tributária", pequenos empresários ouvidos pela reportagem pareciam mais perdidos que cego em tiroteio. "Descobri pela TV", reclamou a dona Maria, dona de uma loja de informática no centro.
E o debate público?
Ah, sim... sobre isso, o presidente da Câmara garantiu que "todos os trâmites foram respeitados". Só esqueceram de avisar que o "trâmite" durou menos que um episódio de novela das seis. Até o horário de votação — 14h30, com plenário vazio — pareceu calculado para evitar olhares curiosos.
Para completar o cenário, o projeto chegou de última hora, em regime de urgência constitucional. Traduzindo: debate zero, votação turbo. E o pior? Ninguém sabe ao certo quem serão os maiores beneficiados — embora rumores apontem para grandes incorporadoras da região.
Enquanto isso, na sessão seguinte, gastaram 40 minutos discutindo o nome de uma rua. Coincidência? O eleitor que tire suas próprias conclusões.