Eis que a prefeitura de Guarulhos resolveu mexer em um assunto delicado — literalmente. A partir do próximo ano, quem possui jazigos nos cemitérios públicos da cidade vai precisar desembolsar uma grana extra para garantir que o local esteja sempre bem conservado.
Pois é, a administração municipal criou uma taxa anual de conservação que promete gerar bastante discussão. Os valores? Bem, variam bastante. Podem ir de um modesto R$ 67,60 até impressionantes R$ 676,00. A diferença depende basicamente do tipo de jazigo e da localização — aqueles mausoléus mais luxuosos, é claro, vão custar bem mais caro.
A justificativa oficial é nobre: arcar com a manutenção, limpeza e conservação das áreas comuns dos cemitérios. Sabe aquela grama aparada, as calçadas limpas, a iluminação funcionando? Tudo isso tem um custo, argumenta a prefeitura. E agora, esse custo será rateado entre os donos dos túmulos.
Como Funciona na Prática?
Quem já tem um jazigo não vai escapar. A taxa será cobrada anualmente, junto com o já tradicional pedágio da concessão de uso. A prefeitura garante que enviará notificações com todos os detalhes — valores exatos, datas de vencimento, o pacote completo.
Para novos jazigos, a história é diferente. O valor da taxa já será incluído direto no preço inicial, sem surpresas depois. Uma forma, digamos, de começar com a relação mais transparente.
A medida está prevista para entrar em vigor já em 2026. E olha, promete reacender aquele velho debate sobre até onde vai a responsabilidade do poder público e onde começa a nossa.
É um daqueles temas que todo mundo tem uma opinião. De um lado, a necessidade real de manter a dignidade e o respeito desses locais. Do outro, mais um gasto inesperado no orçamento das famílias, muitas ainda lidando com a dor da perda. Uma equação complexa, pra dizer o mínimo.
