
Um debate sobre diversidade e tradição linguística tomou conta da Câmara Municipal de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O vereador Tiago Bonomo (PL) apresentou um projeto de lei que proíbe o uso da linguagem neutra nos documentos oficiais do legislativo municipal.
O que diz a proposta
O projeto estabelece que a norma culta da língua portuguesa será a única forma permitida em toda a documentação produzida pela Câmara de Vereadores de Canoas. A medida visa, segundo o autor, preservar as regras gramaticais tradicionais e evitar o que classifica como "deturpações" do idioma.
Justificativa do vereador
Em sua defesa, Bonomo argumenta que a língua portuguesa já possui mecanismos para promover a inclusão sem necessidade de alterações estruturais. "Nosso idioma é rico e completo, não precisamos inventar modismos que confundem a população", declarou o parlamentar.
Contexto nacional
Esta não é a primeira iniciativa do tipo no Brasil. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou artigo semelhante que proibia a linguagem neutra em eventos esportivos. A discussão sobre o tema divide opiniões em todo o país.
Próximos passos
O projeto agora seguirá para análise das comissões permanentes da Casa antes de ser votado em plenário. Especialistas em linguística e representantes de movimentos sociais já se manifestaram sobre a proposta, prometendo um debate acalorado nas próximas semanas.
A polêmica em Canoas reflete um debate nacional sobre evolução linguística, inclusão e preservação cultural que promete continuar rendendo discussões em diferentes esferas do poder público.