O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma mensagem pública de cumprimentos a José Antonio Kast, após sua vitória no segundo turno das eleições presidenciais do Chile, realizado no domingo, 14 de dezembro de 2025. Em publicação nas redes sociais, o mandatário brasileiro reafirmou a intenção do Brasil de continuar colaborando com o novo governo chileno.
Mensagem Presidencial e Foco nos Laços Bilaterais
Na mensagem, Lula destacou a existência de fortes vínculos econômicos e comerciais entre os dois países. O presidente afirmou que o Brasil seguirá trabalhando em conjunto com a futura administração de Kast para fortalecer os laços bilaterais, consolidar as relações econômicas e comerciais e promover a integração regional. Um ponto central da declaração foi o objetivo comum de manter a América do Sul como uma região de paz.
Quem é José Antonio Kast e o que Representa sua Vitória
José Antonio Kast, advogado e político de 56 anos, é a principal liderança do Partido Republicano chileno e uma das figuras mais conservadoras do país. Sua plataforma é conhecida pela defesa de valores familiares tradicionais, pelo liberalismo econômico e por uma postura rigorosa em questões de segurança pública. Sua trajetória política é marcada por críticas contundentes às reformas sociais promovidas por governos de esquerda.
A vitória de Kast marca o retorno da direita ao poder no Chile, sucedendo o governo do presidente de esquerda Gabriel Boric, que liderou o país desde 2022. Entre suas promessas de campanha estão a redução do tamanho do Estado, o incentivo ao investimento privado e a adoção de medidas duras contra protestos sociais. Suas posições sobre temas como aborto e direitos de comunidades indígenas geram debate intenso no país e são observadas com atenção internacional.
Alinhamento Regional e Novo Cenário Sul-Americano
Kast mantém uma aproximação ideológica com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, os dois trocaram declarações públicas de apoio, evidenciando uma sintonia em pautas conservadoras e na crítica à esquerda regional. Esse alinhamento sinaliza uma possível maior coordenação política entre setores da direita no continente.
Com a posse de Kast, prevista para março, o cenário político sul-americano fica assim dividido: Chile, Argentina, Peru, Equador, Bolívia e Paraguai passam a ter governos de direita. Do outro lado, Brasil, Colômbia, Venezuela, Uruguai, Guiana e Suriname permanecem sob lideranças de esquerda. Este mapa reforça a clara divisão ideológica que caracteriza atualmente o continente, definindo os blocos de poder e influência para os próximos anos.