
Não é todo dia que se vê um prefeito da oposição abraçando calorosamente o presidente da República. Mas foi exatamente isso que aconteceu nesta quarta-feira, em Brasília, quando Álvaro Dias (União Brasil) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontraram em um evento sobre mobilidade urbana.
O gesto, aparentemente cordial, acontece em um momento de… como posso dizer?… tensão máxima entre a cúpula do União Brasil e o Palácio do Planalto. O partido, que integra a base governista, tem sido crítico ferrenho de várias medidas recentes – e não está com papas na língua para dizer.
O abraço que falou mais que mil palavras
Álvaro Dias, que também é presidente nacional do União Brasil, não mediu esforços para demonstrar publicamente sua sintonia com Lula. E olha que sintonia! Os dois conversaram longamente, riram juntos e, claro, trocaram aquele abraço que não passou despercebido pelos fotógrafos.
Mas será que a imagem reflete a realidade? Porque nos corredores do poder… a história é bem diferente.
O racha que ninguém quer assumir
O União Brasil está dividido – e não é pouco. De um lado, a ala mais governista, que defende maior aproximação. Do outro, vozes cada vez mais críticas que questionam o rumo das coisas.
E no meio disso tudo, Álvaro Dias tenta navegar como pode. Como prefeito de uma das maiores cidades do país, precisa manter diálogo com o governo federal para garantir investimentos. Mas como presidente do partido… bem, aí a conta é outra.
Não é fácil equilibrar essas duas funções, não é mesmo? Principalmente quando seu partido ameaça… você sabe… pender para o lado oposto.
O que está por trás do conflito?
As discordâncias são várias e profundas. Desde a condução da economia até políticas sociais, passando por… (ah, isso é delicado)… indicações políticas e cargos no governo.
O União Brasil se sente… como direi?… subrepresentado na esfera federal. Esperava mais espaço, mais voz ativa. E não está obtendo.
Resultado? A bancada do partido no Congresso tem votado cada vez mais contra o governo. Uma rebeldia silenciosa, mas efetiva.
E Belo Horizonte nessa história toda?
Álvaro Dias precisa dos recursos federais para tocar seus projetos na capital mineira. O VLT, mobilidade urbana, habitação… Tudo depende desse diálogo.
Mas também precisa manter sua base partidária feliz. E aí está o dilema: como criticar o governo e ainda assim garantir os investimentos?
Difícil, muito difícil. Principalmente para um político que sempre se mostrou… bem, pragmático acima de tudo.
O que esperar dos próximos capítulos?
O abraço com Lula pode significar uma tentativa de reaproximação. Ou pode ser apenas… teatro político para inglês ver.
O certo é que o racha no União Brasil tende a se aprofundar. E Álvaro Dias terá que escolher seu lado – cedo ou tarde.
Enquanto isso, em Belo Horizonte, a população observa atenta. Porque no fim das contas… o que importa mesmo são os resultados. E não os abraços.