Era pra ser o dia D no Superior Tribunal de Justiça. Mas, como diz o ditado, "o judiciário tem pressa que não se vê". O julgamento de Adriana Villela — aquela empresária que tá há tempos no centro de uma trama judicial digna de novela das nove — foi interrompido de repente. Um ministro pediu vista. Traduzindo: "preciso dar uma olhada melhor nisso aqui".
E agora? Agora é esperar. Até 90 dias, pra ser exato. O STJ não costuma enrolar nesses prazos, mas também não adianta ficar contando os minutos. Justiça é como feijoada: tem que deixar cozinhar no fogo certo.
O que rolou na sessão
Os ministros já estavam com a língua afiada pra votar quando... pausa dramática. O pedido de vista veio como um balde de água fria. Alguns acham que foi estratégico — quem nunca quis ganhar tempo? —, outros juram que a complexidade do caso justifica. Seja como for, a plateia (virtual e presencial) ficou com gosto de quero mais.
Detalhe curioso: o processo já vinha sendo acompanhado por um coro de "eu não acredito no que tô vendo". Afinal, estamos falando de acusações pesadas, cifras milionárias e um nome que não sai dos holofotes da mídia. Não é qualquer processo que consegue ser mais comentado que o último capítulo de "Pantanal".
E agora, José?
Os próximos capítulos dessa novela — perdão, processo — devem ser escritos em até três meses. Mas, entre nós, ninguém segura a respiração por tanto tempo. Advogados já começaram a afiar os argumentos, enquanto a defesa garante que "a verdade vai prevalecer". Clássico, não?
Enquanto isso, Adriana Villela segue sua vida. Ou tenta. Porque quando você vira personagem principal de um drama judicial, até ir na padaria vira notícia. O STJ promete retomar o caso assim que o ministro responsável pelo pedido de vista der seu veredito. Até lá, é ficar de olho nos jornais e torcer para que a Justiça — aquela com J maiúsculo — faça seu trabalho.
