O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou formalmente ao governo federal um reforço nas medidas de segurança para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após relatos de ameaças contra sua integridade física. No entanto, até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou sobre o pedido.
Segundo fontes próximas ao STF, a solicitação foi encaminhada após a identificação de um aumento no volume de mensagens de ódio e ameaças direcionadas a Lula, principalmente nas redes sociais. O ex-presidente, que já possui um esquema de segurança permanente por ser figura pública de alto risco, teria necessidade de medidas adicionais diante do cenário atual.
Silêncio do governo gera questionamentos
A ausência de resposta por parte do governo federal tem levantado dúvidas sobre o compromisso com a segurança de figuras políticas em situação de risco. Especialistas em segurança pública afirmam que a demora pode colocar em xeque a eficácia dos mecanismos de proteção no país.
"Quando o STF faz um pedido desse tipo, é porque há uma avaliação técnica que justifica a medida. Ignorar essa solicitação é um sinal preocupante", comentou um analista que preferiu não se identificar.
Contexto político tenso
O pedido ocorre em um momento de acirramento político no Brasil, com polarização acentuada nas discussões públicas. Lula, que deve ser candidato nas próximas eleições presidenciais, tem sido alvo constante de ataques por parte de grupos radicais.
Autoridades do STF avaliam que a situação requer atenção imediata, mas a falta de diálogo com o Executivo tem dificultado a implementação de ações concretas. Enquanto isso, seguranças privados têm sido a principal linha de defesa do ex-presidente.
