
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta-feira (22) a oitiva de testemunhas apresentadas pela defesa dos acusados de integrar uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O caso, que está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, tem como foco investigar ações que teriam como objetivo deslegitimar o processo eleitoral e garantir a permanência de Bolsonaro na Presidência.
As testemunhas ouvidas nesta fase do processo são consideradas cruciais para a defesa dos réus, que incluem militares, políticos e aliados do ex-presidente. Entre os pontos abordados estão alegações de que não houve intenção clara de golpe e que as ações foram interpretadas de forma exagerada pelas autoridades.
Detalhes do processo
O inquérito apura supostas articulações para:
- Desacreditar o sistema eleitoral brasileiro;
- Planejar intervenções militares;
- Promover manifestações antidemocráticas.
Segundo fontes próximas ao caso, a defesa argumenta que as ações dos acusados foram isoladas e não configuram um plano organizado. Já a acusação, liderada pelo Ministério Público Federal, sustenta que houve uma coordenação para desestabilizar a democracia.
Próximos passos
Após a oitiva das testemunhas, o STF deve analisar os depoimentos e decidir se há elementos suficientes para levar o caso a julgamento. Especialistas afirmam que o desfecho pode ter impactos significativos na política brasileira, especialmente no cenário pós-Bolsonaro.
Enquanto isso, os acusados aguardam em liberdade, mas sob medidas cautelares determinadas pela Justiça. O caso continua a gerar debates acalorados entre juristas, políticos e a sociedade civil.